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segunda-feira, 6 de junho de 2011

WICCA




ALGO REALMENTE QUE ESTA ACONTECENDO NO MUNDO SÃO AS GRANDES INFLUENCIAS DE SEITAS COM OS JOVENS E UMA DELAS CHAMA -SE WICCA MUITO INTERESSANTE MAIS SÓ UMA COISA AO DECORRER DE MINHAS POSTAGENS VOCÊS VIRAM ALGUNS SÍMBOLOS MAIS PRESTEM ATENÇÃO NESSES SÍMBOLOS.







Wicca é uma palavra do inglês arcaico que quer dizer "bruxo" (plural: wicce). Há quem diga que seu significado é "sábio", mas isso não corresponde à verdade.

A palavra tem sua origem na raiz indo-européia "wikk-", significando "magia", "feitiçaria". O nome Wicca é o mais usado para denominar essa religião. Ela também é conhecida como Bruxaria, Feitiçaria, Antiga Religião e Arte dos Sábios, ou simplesmente, a Arte.

As origens da Bruxaria remontam à aurora da humanidade. As crenças começaram a tomar forma no Paleolítico, há aproximadamente vinte e cinco mil anos. Neste período, o ser humano era nômade e suas principais fontes de subsistência eram a caça e a coleta. Tudo era misterioso para o homem e a mulher do paleolítico: o trovão, o sol, a escuridão... Para eles, o mundo era um lugar perigoso, cheio de forças que deveriam ser temidas, respeitadas e reverenciadas. Com o tempo, a idéia das forças foi evoluindo para a idéia de Deuses.

Um dos primeiros e, seguramente, o mais importante Deus primitivo a surgir foi o Deus de Chifres. Para que o clã nômade sobrevivesse, uma das principais atividades era a caça: dela provinham carne para alimentar-se, peles para vestir-se, ossos e chifres para fazer instrumentos. Assim, tomou forma na mente do ser humano primitivo a idéia de um Deus das Caçadas, dotado de chifres, símbolo de seu poder. Alguns membros do clã iniciaram a prática de atividades de caráter mágico-religioso, compostos por um elemento religioso (esboços de rituais e mitos dedicados à adoração do Deus de Chifres, forças da natureza e espíritos dos antepassados) e por um elemento mágico (práticas que tentavam atrair a benevolência destas divindades e espíritos, a fim de manipulá-las para interesses práticos do clã). Neste momento estava se delineando algo que se assemelhava muito a grosso modo com uma classe sacerdotal. Estes "sacerdotes" realizavam ritos do que hoje é denominado magia simpática, ou seja, práticas baseadas na atração dos semelhantes. Pintavam-se cenas de membros do clã vencendo e abatendo animais cobiçados, para garantir o sucesso da próxima caçada. Miniaturas destes mesmos animais eram confeccionadas, em osso, chifre ou barro, e então simulava-se sua caça e abate. Estes ritos eram geralmente dirigidos por um destes "sacerdotes", geralmente usando a primeira de todas as túnicas: peles de animais e uma máscara dotada de chifres.

Em Trois Frères, na França, existe uma pintura de doze mil anos, conhecida como "Le Sorcière" ("O Feiticeiro"). é a figura de um homem vestido de peles, com cauda e chifres de cervo. A sua volta, paredes cobertas por pinturas de animais em caçadas. A seus pés, uma saliência na rocha, constituindo um altar. Mas as caçadas não eram a única coisa que fazia o clã sobreviver. Havia um Mistério: o da fertilidade. O clã precisava continuar. De tempos em tempos, a barriga das mulheres crescia, e, ao fim de algumas luas, delas surgia um novo membro da tribo, pequeno, mas que crescia com o passar do tempo. Os animais também tinham filhotes, e isso garantia o alimento das futuras gerações. A chave de todo esse Mistério era a mulher, aquele enigmático ser que, se já não bastasse ser a única responsável pela continuação da tribo (ainda não havia a consciência da participação do homem na reprodução), também alimentava as crianças com leite de seu próprio corpo. Além disso, aquela criatura mágica vertia sangue de dentro de seu corpo em algumas ocasiões, mas mesmo assim não morria.

Todas estas constatações deram origem ao surgimento de uma Deusa da Fertilidade, uma Grande Mãe. Figuras pré-históricas desta Deusa são incontáveis. Uma das mais famosas é a Vênus de Willendorf: seu corpo parece uma grande massa disforme da qual se destacam um gigantesco par de seios e uma proeminente barriga grávida. Ela não tem pés nem braços, e seu rosto está coberto. Estas características são comuns a várias outras "Vênus" pré-históricas, e se devem à ênfase que o ser humano primitivo dava ao aspecto de fertilidade da mulher.

A Deusa era a Grande Mãe Natureza, fonte de toda a vida. Com o tempo, os homens foram se conscientizando de seu papel na reprodução, e o aspecto de fertilizador passou a ser mais um dos atributos do Deus de Chifres. Ele tornou-se filho da Deusa, pois dela era nascido, e também seu amante, pois a fertilizava para que um novo ser surgisse. A partir desta concepção, novos ritos foram adicionados às práticas mágico-religiosas, onde esculpiam-se ou pintavam-se animais ou humanos copulando, e todo o clã entregava-se ao ato sexual, já tendo recebido a graça dos Deuses.

No Neolítico, o ser humano desenvolveu a agricultura, e começou a formar aldeias e povoados. Com a descoberta das técnicas de plantio, a Deusa assumiu maior importância, passando a acumular também o aspecto de guardiã da colheita. O Deus de Chifres começou a ganhar uma nova face, a de alegre Deus das Florestas, protetor dos animais e criaturas dos bosques. Quando o homem adquiriu a noção das estações do ano, esboçaram-se as primeiras idéias sobre a Roda do Ano.

Havia um período quente e fértil, onde realizavam-se as colheitas e a natureza mostrava todo seu esplendor. Neste período, reinava a Deusa. Depois as folhas secavam e caíam e tudo parecia estar morto. O povo voltava a depender da caça para sobreviver, pois não podia viver só dos alimentos armazenados. Quem regia este período era o Deus das Caçadas, que também adquiria seu novo aspecto de Sombrio Senhor da Morte (nesta época nasceram também os primeiros conceitos sobre a vida após a morte). Surgiram então os primeiros mitos sobre a descida da Deusa ao mundo subterrâneo que, séculos mais tarde, tomaria forma definitiva na Grécia, com o mito de Perséfone, e na Mesopotâmia, com a lenda de Ishtar.

As culturas desenvolveram-se com o passar dos séculos, e novos aspectos dos Deuses foram descobertos. Cultos religiosos se estruturaram, centrados nos ciclos e nascimento, morte e renascimento da natureza. O tempo da plantação e o tempo da colheita eram muito importantes, marcados com festividades, assim como o período do recolhimento do gado e a época de sua liberação ao pasto. Nestas datas, juntamente com as de mudanças de estação, realizavam-se encenações de mitos nos quais um Deus Velho morria para um Deus Jovem nascer, representando a morte da antiga colheita e o nascimento de uma nova.

Estes cultos possibilitaram o refinamento da classe sacerdotal, que chegou ao requinte de gerar representantes como os druídas, sacerdotes celtas que encantaram os gregos e romanos com sua profunda filosofia e integração com a natureza. Sua erudição era admirável, e acumulavam funções como a de legisladores, médicos, poetas, bardos e guardiões da tradição oral. Na Grécia Antiga, floresceram os Cultos de Mistério, dos quais deve destacar-se os Ritos de Elêusis e os Mistérios órficos. Também foram de grande importância os cultos dionisíacos. Deve-se ter em mente que estas são linhas gerais do início da bruxaria, que confunde-se com o surgimento das primeiras manifestações religiosas humanas.

O que foi relatado acima aconteceu, em épocas diferentes, nos mais variados lugares. é verdade que nem tudo ocorreu exatamente da mesma maneira em todos os lugares: enquanto no Crescente Fértil da Mesopotâmia nasciam avançadas civilizações, na Europa ainda vivia-se de caça e coleta. Mas o que impressiona e é importante não são as diferenças, e sim as semelhanças dos primeiros esboços de religião.











O Divino Feminino

A Deusa foi a primeira divindade cultuada pelo homem pré-histórico. As suas inúmeras imagens encontradas em vários sítios históricos e arqueológicos do mundo inteiro representavam a fertilidade - da mulher e da Terra. Por ser a mulher a doadora da vida atribuiu-se à Fonte Criadora Universal a condição feminina e a Mãe Terra tornou-se o primeiro contato da raça humana com o divino.

Mas afinal, quem é essa Deusa? Só o fato de termos que fazer essa pergunta demonstra o quanto nossa sociedade ocidental formada sob a égide da mitologia judaico-cristã se afastou de nossas origens. Fomos criados condicionados por uma cosmologia desprovida de símbolos do Sagrado Feminimo, a não ser Maria, Mãe Divina, que não tem os atributos divinos, que são reconhecidos apenas ao Pai e ao Filho e é substituida na Trindade pelo conceito de Espírito Santo. Maria é, quando muito, a intermediária para a atuação dos poderes do Deus... "peça à Mãe que o Filho concede..." Mas Maria não é a Deusa, senão um de seus aspectos mais aceitos pela sociedade patriarcal, de coadjuvante do Deus, reproduzindo o fenômeno social do patriarcado em que a mulher auxilia o homem, mas sempre lhe é inferior e, por isso, deve submeter-se à sua autoridade.

Não somos feministas nem queremos partir para discursos feministas, mas tão somente constatar que a ausência de uma Deusa nas mitologias pós-cristãs se deve ao franco predomínio do patriarcado. Predomínio esse que nos trouxe, ao final do século XX, a uma sociedade norteada pelos valores da competição selvagem, da sobrevivência do mais forte, da violência ao invés da convivência, do predomínio da razão sobre a emoção. Mas a Deusa está ressurgindo. Desde a década de 60, reafirmando-se nas últimas, a descoberta da Terra como valor mais alto a preservar sob pena de não mais haver espécie humana fez decolar a consciência ecológica e o renascimento dos valores ligados à Deusa: a paz, a convivência na diversidade, a cultura, as artes, o respeito a outras formas de vida no planeta.

Cultuar a Deusa hoje significa reconsagrar o Sagrado Feminino, curando, assim, a Terra e a essência humana. Quer sejamos homens ou mulheres, sabemos que nossa psique contém aspectos masculinos e femininos. Aceitar e respeitar a Deusa como polaridade complementar do Deus é o primeiro passo para a cura de nossa fragmentação dualística interior. A Deusa é cultuada como Mãe Terra, representando a plenitude da Terra, sua sacralidade. Sobre a Terra existimos e, ao fazê-lo, estamos pisando o corpo dela, aqui e agora, muito diferente da crença em um deus Onipotente e distante, que vive nos céus. A Deusa é a Terra que pisamos, nossos irmãos animais e plantas, a água que bebemos, o ar que respiramos, o fogo do centro dos vulcões, os rios, as cores do arco-íris, o meu corpo, o seu corpo... A Deusa está em todas as coisas... Ela é Aquela que Canta na Natureza... O Deus Cornífero seu consorte, segue sua música e é Aquele que Dança a Vida... Cultuar a Deusa não significa substituir o Deus ou rejeitá-lo. Ambos, Deus e Deusa são da mesma moeda, as duas faces do Todo. A Deusa é a criadora primordial, o Deus o primeiro criado, e sua dança conjunta e eterna, em espiral, representa a eterna dança da vida.

A Deusa também é a Senhora da Lua e, mais uma vez, a explicação desse fato remonta às cavernas em que já vivemos. O homem pré-histórico desconhecia o papel do homem na reprodução, mas conhecia muito bem o papel da mulher. E ainda considerava a mulher envolta em uma aura mística, porque sangrava todo mês e não morria, ao passo que para qualquer dos homens sangrar significava morte. Portanto, a mulher devia ser muito poderosa, ainda mais que conhecia o "segredo" de ter bebês... É fácil entender porque a mulher era identificada com a Deusa, ou, melhor dizendo, porque a primeira divindade conhecida tinha que ter caracteres femininos... Ainda mais quando as pessoas descobriram que a gravidez durava 10 lunações e a colheita e o suceder das estações seguia um ciclo de 13 meses lunares. O primeiro calendário do homem pré-histórico foi mostrado nas mãos da famosa estatueta da Vênus de Laussel, que segura em sua mão um chifre em forma de crescente, com 13 talhos que representam as lunações. Por sua conexão com a Lua e a mulher, a Deusa é cultuada em 3 aspectos: a Donzela, que corresponde à Lua Crescente, a Mãe representada na Lua Cheia e a Anciã, simbolizada na Lua Decrescente, ou seja, Minguante e Nova.

Na tradição da Deusa a Donzela é representada pela cor branca e significa os inícios, tudo o que vai crescer, o apogeu da juventude, as sementes plantadas que começam a germinar, a Primavera, os animais no cio e seu acasalamento. Ela e a Virgem, não só aquela que é fisicamente virgem, mas a mulher que se basta, independente e autosuficiente. Como Mãe a Deusa está em sua plenitude. Sua cor é o vermelho, sua época o verão. Significa abundância, proteção, procriação, nutrição, os animais parindo e amamentando, as espigas maduras, a prosperidade, a idade adulta. Ela é a Senhora da Vida, a face mais acolhedora da Deusa.

Por fim, a Deusa é a Anciã, que é a Mulher Sábia, aquela que atingiu a menopausa e não mais verte seu sangue, tornando-se assim mais poderosa por isso. Simboliza a paciência, a sabedoria, a velhice, o anoitecer, a cor preta. A Anciã também é a Deusa em sua face Negra da Ceifeira, a Senhora da Morte. Aquela que precisa agir para que o eterno ciclo dos renascimentos seja perpetuado. Esta é o aspecto com que mais dificilmente nos conectamos, porém, a Senhora da Sombra, a Guardiã das Trevas e Condutora das Almas é essencial em nossos processos vitais. Que seria de nós se não existisse a morte? Não poderíamos renascer, recomeçar... Desta forma, é fácil compreendermos porque a Religião da Deusa postula a reencarnação. Se fazemos parte de um universo em constante mutação, que sentido haveria em crermos que somos os únicos a não participar do processo interminável da vida-morte-renascimento? Essa realidade existe no microcosmo do ciclo das estações, da colheita que tem que ser feita para que se reúnam as sementes e haja novo plantio.

É justamente por isso que aqueles que seguem o Caminho da Deusa celebram a chamada Roda do Ano, constituida pelos 8 Sabbats que marcam a passagem das estações. Ao celebrar os Sabbats cremos que estamos ajudando no giro da Roda da Vida, participando assim de um processo de co-criação do mundo. Submeter-se à sua autoridade.

Por tudo o que dissemos fica fácil entender porque os caminhos, cultos e tradições centrados na Deusa são religiões naturais, fundamentadas nos ciclos da natureza e no entendimento de seus elementos e ritmos. Estas práticas de magia natural usam a conexão e correlação dos elementos da natureza - Água, Terra, Fogo e Ar, as correspondências astrológicas (signos zodiacais, influências planetárias, dias e horários propícios, pedras minerais, plantas, essências, cores, sons) e a sintonia com os seres elementais (Devas Guardiões dos lugares, Gnomos, Silfos, Ondinas, Salamandras, Duendes e Fadas).


A Deusa e o Deus

"Todas as Deusas são uma só Deusa, todos os Deuses são um só Deus."

Conquanto a Deusa presida a pulsação vital constante do Universo, é imprescindível que entendamos o papel do Deus. Ela é a Senhora da Vida, mas Ele é o Portador da Luz; Ela é o ventre, Ele o falo ereto; Ela gera a vida, Ele é a faísca que inicia o processo, em plena harmonia, sem predomínios nem competições, mas pela completa união... Ambos parceiros no desenrolar da música e dança que criam e recriam o universo ainda hoje... Na Primavera Ela é a Donzela, Ele o Deus Azul do Amor... No verão ela é a Mãe, grávida, ele o Galhudo, o Deus da Vegetação e dos Animais, Cernnunnos... No outono ele desce para o Mundo Subterrâneo, como o Deus Negro do Mundo Inferior, do sacrifício e da Morte e Ela a Anciã que abre os portais e o acolhe durante sua transmutação. No inverno ele renasce do próprio ventre escuro da Deusa, que quase torna, assim, a um só tempo, sua consorte e sua mãe...


O Deus Cornífero

O Deus realmente é deixado de lado muitas vezes nos cultos pagãos, como se a energia da Deusa pedisse essa dedicação exclusiva. Isto é verdade em parte, porque, não é possível cultuar o Deus adequadamente enquanto não mergulharmos na Deusa e nos despirmos do Deus do patriarcado.

Quando no curso de nosso caminho - e isso demora até anos (mas vaira muito de pessoa para pessoa) - está na hora do Deus voltar, a própria Deusa nos mostra seu Filho, Consorte, Defensor, Ancião. O Deus aparece, tríplice como a Deusa.

O Deus Jovem é, antes de tudo, a Criança da promessa, a semente do sol no meio da escuridão. Depois, é o Garoto do Pólen, o fertilizador em sua face mais juvenil, e traz a energia da alegria de viver, o poder de se maravilhar ante as descobertas da vida, é o experimentador, a face mais sorridente do sol matinal.

Daí surge o Deus Azul do Amor, o rapaz que cresceu e chegou na adolescência e desabrocha em beleza e masculinidade, é o Jovem Deus da Primavera, percorre as Florestas e acorda a natureza. Ele é o Apaixonado, aquele que primeiro busca a Deusa como a Donzela e propicia o encontro... Ele é o Deus da sedução ainda inocente, que não conhece os mistérios da Senhora ainda... ele é toda possibilidade.

Depois ele é o Galhudo e o Green Man... O Deus é o macho na sua plenitude, O Senhor dos Chifres que desbancou o gamo-rei anterior, ele é força e poder, músculos e vitalidade, ele cheira a sexo e promessas. Ele é o Grande Amante, atraído irresistivelmente pela Senhora ele é o Provedor, o Sustentador, o Senhor Defensor. Ele é o Senhor das Coisas Selvagens, o Deus da Dança da Vida, O Falo Ereto, O Fertilizador. Como Green Man ele também é o Senhor da Terra e sua abundância, o parceiro da Senhora dos Grãos. O Senhor dos Brotos, aquele que cuida dos frutos e os distribui pela terra.

Mas o Deus é também O Trapaceiro, o Senhor da Embriaguez, o Desafiador e o Ancião da Justiça. Ele nos faz seguir um caminho e nos perdemos para conhecer o pânico de Pan... ele nos deixa loucos como Dionisio, ou perdidos nos devaneios de Netuno... ele é o Desafiador, seja nos duelos, seja na guerra, na luta pela sobrevivência... ele é caprichoso e insidioso, ele nos engana, nos deixa desesperados e sorri - porque esse é seu papel; estimular o novo, mostrar que nosso desespero é inútil e só nos escraviza...

Como a Deusa, Ele está na fome e no fim da fome, na vida e na doença terminal, na luz e na sombra, no que é bom para você e no que é mau... A Deusa nunca está só, ela tem sua contraparte masculina e, no entanto, Ele só existe por amor a Ela... alias, todos nós somos fruto dessa dança de amor. O Deus é o Ancião sábio, o distribuidor da Justiça, seja a que se impõe com sabedoria ou raios... Ele conhece os segredos dos oráculos, mas sabe que são Dela... ele é o repositório do conhecimento, mas a sabedoria é Dela... ele lê os sinais da natureza, mas sabe que quem os escreve é Ela.

E o velho sábio vai murchando e se transforma no Senhor da Morte... ele que é o Senhor de Dois Mundos, pois no ventre dela, de volta, ele vive sua morte e a própria ressurreição. Mistério e segredo, morte e retorno, Ele é o que atravessa os portais dos quais Ela é a Senhora. Ele, o Caçador, que também faz o papel de Ceifador... Ele que ronda o leito dos moribundos e dança a dança da morte. O Senhor dos esqueletos.

Ele que na dança da morte retoma o brilho do sol e sua face negra se ilumina, em uma explosão impossível de conter, e Lugh nasce outra vez...

Ele que é Pai, Filho, Bebê Iluminado, Amante Selvagem, Sábio Educador... ele, o Deus que se revela apenas pela Deusa.











Os nomes dos Deuses variam de panteão para panteão, de acordo com a cultura de um povoado ou nação. Para os egípcios, por exemplo, ísis seria a personificação da Grande Mãe, da Senhora, da Deusa, enquanto que, para os celtas, ela seria Cerridwen.

O mesmo acontece com os nomes dos deuses: Hermes é o deus mensageiro dos gregos, enquanto que Mercúrio responderia pela mesma "pasta" para os romanos. Ou Hélio seria o deus-sol dos gregos, enquanto que, para os celtas, esse seria chamado de Lugh.

A bruxa é muito particular na sua crença. Ela pode sentir maior afinidade pelo panteão e a tradição egípcia, por exemplo, e cultuar ísis, Bastet, Hathor, Thoth, Osíris, etc, ou se identificar mais com a história greco-romana e reverenciar os deuses deste panteão. A afinidade e atração por divindades de vários panteões é algo muito particular.

Os principais deuses e deusas, por exemplo, do panteão celta são:

Angus Mac Og - Deus da Juventude, do Amor e da Beleza na Irlanda Antiga. Um dos Tuatha de Dannan, Angus possuía uma harpa dourada que produzia música de irresistível doçura. Os seus beijos transformavam-se em pássaros que transportavam mensagens de amor.

Anu / Annan / Dana / Dannan - Deusa Mãe, da Abundância, sendo a maior de todas as deusas do panteão irlandês. Aspecto virginal da Deusa Tríplice, formada com Badb e Macha, guardiã do gado e da saúde. Deusa da Fertilidade, da Prosperidade e do Conforto.

Arawn - Regente do Inferno, Annwn, o Submundo na tradição galesa. Representa a vingança, o terror, a guerra.

Arianrhod - Seu nome significa Roda de Prata ou Grande Mãe Frutuosa. Arianrhod é a Face Mãe da Deusa Tríplice para os povo de Gales. Honrada em especial na Lua Cheia, ela é a guardiã da Roda de Prata, símbolo do tempo e do karma. Senhora da Reencarnação.

Badb - Seu nome, que se pronuncia Baid, foi traduzido como Corvo de Batalha, ou Gralha Escaldada, que representaria o caldeirão da vida, conhecido em Gales como "Cauth Bodva". Badb, deusa da Guerra, é esposa de Net, também deus da Guerra. Irmã de Macha, a Morrigu, e de Anu. Aspecto Maternal da Deusa Tríplice irlandesa. Associada ao caldeirão, aos corvos e às gralhas, Badb rege a vida, a sabedoria, a inspiração e a iluminação.

Banba - Deusa irlandesa que, juntamente com Fotia e Eriu, usava a magia para repelir os invasores.

Bel / Belenus / Belenos / Belimawr - Seu nome significa "brilhante", sendo o Deus do Sol e do Fogo dos irlandeses. Belenos dá seu nome ao festival de Beltane, ou Beltain, festa de purificação e fertilidade comemorada em 1 de maio no hemisfério norte. Belenos era ainda ligado à ciência, cura, fontes térmicas, fogo, sucesso, prosperidade, colheita e à vegetação.

Blodeuwedd - Seu nome foi traduzido como "flor branca", sendo representada, muitas vezes, com um lírio branco nas cerimônias de iniciação celtas de Gales. Criada por Math e Gwydion, o Druida, para ser esposa de Lleu, foi transformada em coruja por causa do seu adultério e da conspiração para a morte do marido. Aspecto virginal da Deusa Tríplice dos galeses, Blodeuwed tinha por símbolo uma coruja. Seu domínio é o das flores, sabedoria, mistérios lunares e iniciações.

Boann / Boannan / Boyne - Deusa do rio Boyne, na Irlanda, mãe de Angus mac Og com o Dagda.

Bran - O Abençoado. Bran era irmão do poderoso Manawydan ap Llyr e de Branwen, sendo filho de Llyr, do folclore galês. Associado aos corvos, Bran é o deus das profecias, das artes, dos chefes, da guerra, do Sol, da música e da escrita.

Branwen - Irmã de Bran e esposa do rei irlandês Matholwch. Vênus dos Mares do Norte, filha de Llyr, uma das três matriarcas da Grã-Bretanha. Branwen é chamada Dama do Lago, sendo a deusa do amor e da beleza no panteão galês.

Brigit / Brid / Brigid / Brig - Seu nome significa "flecha de poder". Brigit era filha do Dagda, sendo chamada A Poetisa. Outro aspecto de Danu, associada a Imbolc. Tinha uma ordem dedicada a ela, formada só por mulheres, em Kildare, na Irlanda, que se revezavam para manter o fogo sagrado sempre aceso. Deusa do fogo, fertilidade, lareira, todas as artes e ofícios femininos, artes marciais, curas, medicina, agricultura, inspiração, aprendizagem, poesia, adivinhação, profecia, criação de gado, amor, feitiçaria, ocultismo.

Cernunnos - Seu nome deve ser pronunciado como se tivesse um "k": kernunnos. Deus Cornudo, Consorte da Grande Mãe, deus da Natureza, Senhor do Mundo. Comumente representado por um homem sentado na posição de lótus, cabelo comprido e encaracolado, de barba, nú, usando apenas um torque (colar celta) ao pescoço, ou ainda por um homem de chifres, sendo, por isso, erroneamente comparado ao diabo dos cristãos. Os seus símbolos eram o veado, o carneiro, o touro e a serpente. Deus da virilidade, fertilidade, animais, amor físico, natureza, bosques, reencarnação, riqueza, comércio e dos guerreiros.

Cerridwen / Ceridwen / Caridwen - Deusa da Lua do panteão galês, sendo chamada de Grande Mãe e A Senhora. Deusa da natureza, Cerridwen era esposa do gigante Tegid e mãe de uma linda donzela, Creirwy, e de um feio rapaz, Avagdu. Os bardos galeses chamavam a si mesmos de Cerddorion, filhos de Cerridwen. Há uma lenda que diz que o grande bardo Taliesin, druida da corte do rei Arthur, nascera de Cerridwen e se tornara grande mago após tomar algumas gotas de uma poderosa poção de inspiração que Cerridwen preparava no seu caldeirão. Cerridwen é ainda a deusa da Morte, da fertilidade, da regeneração, da inspiração, magia, astrologia, ervas, poesia, encantamentos e conhecimento.

Dagda - No folclore irlandês, o Dagda era chamado de O Bom Deus, Grande Senhor, Pai dos deuses e dos homens, o Arquidruida, deus da magia, da terra. Rei supremo dos Tuatha de Dannan, mestre de todos os ofícios, senhor de todos os conhecimentos. Teve vários filhos, entre eles Brigit, Angus, Midir, Ogma e Bodb, o Vermelho. O Dagda tinha uma harpa de carvalho vivo que fazia com que as estações mudassem quando assim o ordenasse. Deus dos magos e sacerdotes, senhor dos artesãos, da música e das curas.

A Dama Branca - Conhecida em todos os países celtas, era identificada como Macha, Rainha dos Mortos, a forma idosa da Deusa. Simbolizava a morte e a destruição. Algumas lendas chamam-na de Banshee, aquela que traz a morte.

Danu / Dana / Dannan - Principal Deusa Mãe dos irlandeses, às vezes identificada com Anu. Mãe dos Tuatha de Dannan, Povo de Dana, o Povo Mágico, descendente dos deuses, que se escondeu com a chegada dos cristãos às terras celtas. Outro aspecto da Morrigu, Danu é a patrona dos feiticeiros, dos rios, das águas, dos poços, da prosperidade e abundância, da sabedoria e da magia.

Druantia - "Rainha dos Druidas", deusa ligada à fertilidade, às atividades sexuais, às árvores, à proteção, ao conhecimento e à criatividade.

Dylan - Filho da Onda, Dylan era o deus do mar para os antigos galeses, sendo filho de Gwydion e Arianrhod. Seu símbolo era um peixe prateado.

Elaine - Aspecto virginal da Deusa no panteão galês.

Epona - Seu nome significa "grande cavalo", sendo homenageada em Gales como deusa dos cavalos. Seus atributos incluíam ainda a fertilidade, a maternidade, a prosperidade, os animais, a cura e a colheita.

Eriu / Erin - Filha do Dagda, Erin era uma das três rainhas dos Tuatha de Dannan da Irlanda.

Flidais - Deusa da floresta, dos bosques e criaturas selvagens do povo irlandês. Viajava numa carruagem puxada por veados e tinha a capacidade de mudar de forma.

Goibniu / Gofannon / Govannon - Era o Grande Ferreiro do povo irlandês, semelhante a Vulcano. Foi ele quem forjou todas as armas dos Tuatha de Dannan. Estas armas sempre atingiam o alvo e toda ferida provocada por elas era fatal. Deus dos ferreiros, dos fabricantes de armas, da ourivesaria, fabricação da cerveja, fogo e trabalho com metais em geral.

Gwydion - O Grande Druida dos galeses. Feiticeiro e bardo do Norte de Gales, seu símbolo era um cavalo branco. Rege a ilusão, as mudanças, a magia, o céu e as curas.

Gwynn ap Nud - Rei das fadas e do submundo na tradição galesa.

Gwythyr - Oposto de Gwynn ap Nud, Gwythyr era o senhor do mundo superior, também no folclore galês.

Herne - O Caçador, era associado a Cernunnos, o Deus Cornudo, e acabou sendo, também, associado à floresta de Windsor.

O Homem Verde (Green Man) - O Homem Verde tinha os mesmos atributos de Cernunnos, sendo igualmente uma divindade cornuda que habitava as florestas. Deus dos bosques, seu nome, em galês antigo, é Arddhu (O Escuro) ou Atho.

Llyr / Lear / Lir - No folclore galo-irlandês, Llyr era o deus do mar e da água, sendo considerado, ainda, senhor do mundo subterrâneo. Llyr era pai de Manawyddan, de Bran e de Branwen.

Lugh / Luga / Lamhfada / Llew / Lug / Lug Samildanach / Llew Llaw Gyffes / Lleu / Lugos - Na Irlanda e em Gales, Lugh era chamando O Brilhante. Deus do Sol e da guerra, era associado aos corvos, tendo por símbolo, em Gales, um veado branco. Sua festividade é Lughnasadh, outra festa da colheita. Era filho de Cian e de Ethniu. Tinha uma espada e uma funda mágica. Lugh era carpinteiro, pedreiro, ferreiro, harpista, poeta, druida, médico e ourives. Seu domínio incluía a magia, o comércio, a reencarnação, o relâmpago, a água, as artes e ofícios em geral, viagens, curas e profecias.

Macha - O Corvo. Rainha da Vida e da Morte no panteão irlandês. Um dos aspectos da Morrigu, era reverenciada também em Lughnasadh. Após uma batalha, os irlandeses cortavam as cabeças dos vencidos e ofereciam a Macha, sendo este costume chamado de A Colheita de Macha. Deusa protetora da guerra, e da paz, Macha regia também a astúcia, a força física, a sexualidade, a fertilidade e o domínio sobre os machos.

Manannan mac Lir / Manawyddan ap Llyr / Manawydden - Filho do deus do mar, Llyr, era homenageado como uma das principais divindades do mar pelos irlandeses. Reverenciado ainda como protetor dos navegadores, deus das tempestades, da fertilidade, da navegação, dos mercadores e do comércio. Tinha uma armadura mágica que se dizia ser impenetrável.

Math Mathonwy - Deus da feitiçaria, da magia e do encantamento no folclore galês.

Merlin / Merddin / Myrddin - Figura já conhecida do círculo da mitologia arturiana, este era o Grande Feiticeiro, o Druida Supremo dos galeses. Dizia-se que aprendeu sua magia (que não era pouca) com a própria Deusa, sob os nomes de Morgana, Viviane, Nimue ou Rainha Mab. A tradição diz que Merlin dorme numa caverna de cristal depois de enganado por um encantamento de Nimue. Merlin era o senhor da ilusão, da profecia, da adivinhação, das previsões, dos artesãos e ferreiros. Diz-se ainda que tinha grande habilidade de mudar de forma.

Morrigu / Morrigan / Morrighan / Morgan - A Morrigu era tida como a Grande Rainha, Senhora Suprema da Guerra, Rainha dos Fantasmas e Rainha Espectro, pois possuía uma forma mutável. Reinava sobre os campos de batalha, ajudando com sua magia. Representa o aspecto idoso da Deusa Tríplice, sendo associada aos corvos e gralhas. Patrona das sacerdotisas e feiticeiras.

Nuada / Nuda / Nodons / Nodens / Lud / Llud Llaw Ereint - No folclore galo-irlandês, era reverenciado como o senhor dos deuses, como Júpiter. Possuía uma espada invencível, guardada pelos Tuatha de Dannan. Nuada era o deus da cura, da água, dos oceanos, da pesca, da navegação, dos carpinteiros, ferreiros, harpistas, poetas e narradores de histórias.

Ogma / Oghma / Ogmios / Grianainech / Cermait - Herói semelhante a Hércules, Ogma tinha uma enorme maça com a qual defendia seu povo, os Tuatha de Dannan, sendo eleito seu campeão. A tradição diz que foi ele quem inventou o alfabeto ogham, utilizado pelos antigos druidas, baseado em árvores consideradas mágicas. Ogma rege a eloquência, os poetas, escritores, a inspiração, a força física, a linguagem, a literatura, as artes, a música e a reencarnação.

Rhiannon - Grande rainha dos galeses, Rhiannon era a protetora dos cavalos e das aves. Rege os encantamentos, a fertilidade e o submundo. Aparece sempre montando um veloz cavalo branco.

Scathach / Scota / Scatha / Scath - Seu nome traduzia-se como A Sombra, Aquela que combate o medo. Deusa do submundo, Scath era a deusa da escuridão, aspecto destruidor da Senhora. Mulher guerreira e profetisa que viveu em Albion, na Escócia, e que ensinava artes marciais para os guerreiros que tinham coragem suficiente para treinar com ela, pois era tida como dura e impiedosa. Não foi à toa que o adestramento do herói Cu Chulainn foi levado a cabo por ela mesma, considerada a maior guerreira de toda a Irlanda. Scath era ainda a patrona dos ferreiros, das curas, magia, profecia e artes marciais.

Taliesin - Taliesin o Bardo, foi o druida chefe da corte de Arthur, um dos maiores reis da Inglaterra. Dominava a arte da escrita, a poesia, a sabedoria, a magia e a música. Taliesin é tido como patrono dos druidas, bardos e menestréis.









É comum wiccanos se referirem ao mundo espiritual como "Summerland", ou ainda, Terra do Verão. Summerland é um termo geralmente empregado na Wicca como referência ao "Outro Mundo" para o qual as almas dos mortos se encaminham após o término da vida física.

A Terra do Verão pode ser vista como uma espécie de paraíso pagão não muito diferente dos conhecidos "Alegres Campos de Caça" de algumas tradições dos índios nativos norte-americanos. A Terra do Verão dos wiccanos existe no Plano Astral e é experimentada de modos diferentes por cada indivíduo, de acordo com a vibração espiritual que ele leve a esse plano de existência.

O período em que alguém permanece na Terra do Verão depende da habilidade do indivíduo de libertar e retomar o material que a alma carrega vida após vida, o que pode fazer com que essa alma renasça na dimensão física.

A existência na Terra do Verão dá a um indivíduo a oportunidade de estudar e compreender as lições da vida anterior e como estas se relacionam a outras vidas pelas quais a alma tenha passado. Na teologia wiccana, este é conhecido como período de descanso e recuperação. Uma vez encerrado esse período de tempo, o plano elemental começa a atrair o indivíduo para o renascimento em qualquer dimensão que se harmonize à sua natureza espiritual naquele momento. A alma a reencarnar é então submetida ao plano das forças e pode ser atraída pelo vértice de uma união sexual em curso na dimensão física. Segundo os Ensinamentos Misteriosos, a alma é atraída pelos aspectos da vida físicas que melhor a preparem para as lições necessárias para assegurar sua evolução e conseqüente liberação do Ciclo do Renascimento.

De acordo com os Ensinamentos Misteriosos, um aborto natural ou um recém-nascido morto indica uma alma que não mais precisava retornar à dimensão física, necessitando apenas uma breve imersão em matéria densa para equilibrar as propriedades elementais etéreas necessárias a seu corpo espiritual. A outra razão para tais ocorrências é que os pais precisavam aprender a lição da perda para a própria evolução espiritual, caso no qual isso foi possibilitado por uma alma que não necessitava mais de uma existência física. Os serviços dessas almas elevadas é geralmente notado não só nesses cenários, mas também nos ensinamentos acerca da reencarnação de avatares como Buda ou Jesus.







A palavra planeta vem do grego "planetes" que significa "andarilho". Os planetas são portanto os andarilhos do céu.

Em Astrologia são considerados planetas os dez maiores corpos que compõe o sistema solar e aparentemente orbitam a Terra. Nessa astrologia geocêntrica, mesmo Sol e Lua, respectivamente uma estrela e um satélite, são comumente chamados de planetas.

Sol

Dia: domingo
Elemento: fogo
Cor: dourado, laranja e amarelo
Metal: ouro
Pedra: citrino, topázio e todas as pedras amarelas ou laranjas
Ervas: angélica, açafrão, alecrim, calêndula, canela, genciana, girassol, heliotrópio, laranjeira, lavanda, lótus, louro, manjerona, sálvia, sândalo, tomilho e trigo.
Incensos: limão, olíbano
Atributos: O Sol, assim como no tarô, é o planeta que simboliza as vitórias, as honrarias, a fama, o sucesso. Para quem quer trabalhar com questões ligadas a emprego, soluções rápidas de assuntos profissionais, abertura de negócios e tudo mais que necessite do calor e do brilho do sol, o domingo é o dia indicado para se trabalhar magicamente.


Lua

Dia: segunda-feira
Elemento: água
Cor: branco, prata e tons lácteos
Metal: prata
Pedra: quartzo branco, pedra da lua, pérola (considerada nesta associação como pedra)
Ervas: alfazema, colônia, dama da noite, junco, nenúfar, papoula, rosa branca, sândalo branco, tília
Incensos: violeta-africana, madressilva, murta, salgueiro, absinto
Atributos: Planeta associado à magia e aos feitiços. ótimo dia para quem precisa meditar, aguçar a intuição, aumentar os poderes psíquicos e a fecundidade, harmonizar o lar e influenciar pessoas do sexo feminino. Este é o dia associado à Grande Mãe, quando sua energia nos permite trabalhar qualquer aspecto, além dos mencionados acima.



Marte

Dia: terça-feira
Elemento: fogo
Metal: ferro e aço
Pedra: granada, hematita, rubi
Ervas: absinto, alho, artemísia, beladona, cardo, cebola, dormideira, hortelã, manjericão, mostarda, noz-moscada, pimenta, urtiga, videira
Incensos: sangue-de-drago
Atributos: Dia do Senhor da Guerra, a terça-feira é indicada para se lidar com questões que envolvam a necessidade de se enfrentar problemas, pessoas ou situações. Marte dá a coragem necessária para quem precisa lidar com situações chatas ou quer abrir caminhos, construir, vencer ou defender-se, inclusive de ataques mágicos, mau-olhado e feitiços.


Mercúrio

Dia: quarta-feira
Elemento: ar e terra
Cor: amarelo e marrom
Metal: alumínio e mercúrio
Pedra: ágata
Ervas: acácia, anis, aveleira, camomila, madressilva, margarida, mil-folhas, rosa amarela, sabugueiro, trevo
Incensos: jasmim, lavanda, ervilha-de-cheiro
Atributos: Dia regido por Mercúrio / Hermes, a quarta-feira é perfeita para quem quer procurar emprego, estabelecer um negócio (especialmente no ramo do comércio) ou escrever, inclusive cartas, pois este é o dia da comunicação. Mercúrio favorece, ainda, as mudanças rápidas, os estudos e tudo que necessite de inspiração.


Júpiter

Dia: quinta-feira
Elemento: água e fogo
Cor: azul-marinho, púrpura e lilás
Metal: estanho
Pedra: ametista e turquesa
Ervas: aloés, cedro, espinheiro, freixo, morangueiro, peônia, sorveira, violeta
Incensos: canela, almíscar, noz-moscada, sálvia
Atributos: Júpiter é o maior de todos os planetas, por isso, é utilizado para quem quer expandir algo. Este é o dia em que podem ser realizados feitiços voltados para a prosperidade, a fartura, o prestígio. Mas há uma ressalva, Júpiter apenas expande o que já se tem, portanto cuidado para não aumentar um problema, em vez de resolvê-lo.


Vênus

Dia: sexta-feira
Elemento: ar e terra
Cor: verde e rosa
Metal: cobre
Pedra: água-marinha, aventurina, quartzo rosa
Ervas: açucena, amor-perfeito, coentro, íris, lilás, limoeiro, macieira, malva, manjericão, melissa, rosa, verbena
Incensos: morango, sândalo, rosa, açafrão, baunilha
Atributos: Vênus é a Senhora do Amor, portanto, este é um dia excelente para se fazer feitiços, filtros e sortilégios para se conquistar alguém. A sexta-feira é também um dia propício para questões ligadas à família, à caridade, ao casamento, ao amor-próprio e à fartura. Dia mais que indicado para aquele banho de beleza!


Saturno

Dia: sábado
Elemento: ar e terra
Cor: branco, cinza e preto
Metal: chumbo
Pedra: obsidiana, ônix, turmalina negra
Ervas: acônito, arruda, avenca, cactos, cipreste, cominho, funcho, hera, mandrágora, musgo, salgueiro, salsa
Incensos: sementes de papoula-negra, mirra
Atributos: Saturno rege os mistérios da vida e da morte. Senhor do karma, trabalha também com a justiça, sendo, portanto, um dia bom para se trabalhar com questões judiciais. Este é um dia favorável para a meditação, para se achar pessoas perdidas, resolver de uma vez situações pendentes, lançar feitiços contra alguém e fazer divinações. Muitas bruxas se abstêm de trabalhar neste dia, dedicado a Hécate, Senhora dos Caminhos Cruzado









Importante: Quase todos os desejos e problemas humanos encontram soluções nos feitiços. Dentro da Wicca não se faz o que chamam de Magia Negra, pois acreditamos que tudo o que fizermos voltará para nós multiplicado por três. A Magia Negra não é só aquela em que se deseja o mal para outras pessoas, ou rituais com o uso de sangue ou sacrifícios. Magia Negra também pode ser interferir no Livre Arbítrio de outras pessoas. Isso acontece muito em feitiços de amor, pois várias pessoas desejam se casar com determinada mulher, ou que o marido volte, ou que a filha deixe aquele namorado. Essas pessoas não parecem ter a menor preocupação com a vontade alheia. Para a tristeza das "mães bem-intencionadas", suas filhas têm o direito de escolher os seus relacionamentos e de dar cabeçadas na vida, pois, talvez, ela necessite até carmicamente dessa experiência para evoluir como ser humano. Além do mais, as pessoas têm o péssimo costume de julgar os outros pelas aparências e, muitas vezes, são vítimas de seus preconceitos e cometem grandes injustiças. É muito melhor fazer um ritual de proteção para que os Deuses orientem seus filhos no caminho certo, e deixar que eles vivam suas vidas com o mínimo de interferência. Quanto aos rituais de amor, uma pessoa nunca deve forçar outra a amá-la, e muito menos a casar com ela. O casamento de nossos sonhos pode se tornar um grande pesadelo. Muitas pessoas se casam através desses rituais de "amarração", para verem, depois de algum tempo, aquela paixão forçada se transformar em puro ódio. Correto seria pedir aos Deuses para que lhe mostrassem a pessoa certa para lhe fazer feliz e também ser feliz a seu lado, pois as pessoas que querem fazer feitiços de amor raramente parecem se preocupar com a felicidade do outro. Mas se a pessoa tem certeza de que é amada, e existem obstáculos ao bom relacionamento, um feitiço pode ser feito para afastar esses obstáculos. Sempre que terminar um feitiço, diga: QUE SEJA PARA O BEM DE TODOS. Confie na sabedoria dos Deuses, pois a visão deles é muito mais ampla que a nossa.

Agora sim, vamos às dicas de Amor e Sensualidade:

Para ficar disponível para um amor novo e inesperado, faça um círculo com pétalas de várias flores no chão e sente-se dentro dele. Peça à Mãe Natureza que encontre a pessoa certa para você. Deixa a imaginação rolar. Recolha as pétalas e misture-as à água do seu banho, depois, é só aguardar.

Um poderoso amuleto de fascinação amorosa foi recolhido da tradição árabe. Pegue um cílio do seu olho direito e pronuncie sobre ele o que você deseja (uma situação, nunca uma pessoa!). Envolva-o com um lenço virgem e carregue-o no bolso por uma semana. Isso aumentará o seu poder sedutor.

Sempre existe uma pessoa para cada outra que caminha sobre a Terra, porém às vezes, este encontro demora mais a acontecer, talvez por capricho de um destino mais rigoroso. Para apressar este encontro, costuma-se carregar um quartzo rosa junto a um papel com uma pequena descrição de como queremos que seja esta pessoa. Esta é uma Magia que costuma dar certo quando feita com fé e determinação.

Para atrair o amor para perto de você coloque um quartzo rosa em uma taça de vinho tinto, cubra com um lenço de seda. Durma com a taça a seu lado. Na manhã seguinte, retire a pedra e tome o vinho. Ele está imantado coma energia do amor.

Algumas flores como açucena, rosa, verbena, miosótis, amor-perfeito e dama-da-noite têm a propriedade de aumentar nosso poder de sedução. Dizem as tradições mágicas que ao plantarmos qualquer uma dessas flores criamos um elo com sua "alma vegetal" que passa a nos auxiliar na arte da sedução.

Para escrever uma carta de amor com efeitos realmente mágicos, adiciona em sua caneta-tinteiro essência de rosa ou verbena. Sua mensagem chegará perfumada e imantada com o poder dessas flores do amor. O efeito é inevitável.

O jasmim é a flor do amor e da sensualidade. Dizem que quem faz um desejo de amor sentindo o aroma de um jasmim sempre terá seu desejo realizado.

Sexta-feira é o dia consagrado à Afrodite, a Deusa do Amor e da Paixão. Por essa razão não há dia melhor para um encontro romântico ou qualquer encantamento de amor. Dizem que para ampliar mais ainda as energias amorosas deste dia é propício acender um incenso de rosas em homenagem à Deusa.

O quartzo rosa, pedra consagrada à Vênus, pode ser usada para fortalecer seu poder de sedução. Guarde-o em um saquinho vermelho e perfume-o com incenso ou essência sempre que precisar.

Uma antiga prática mágica com velas consiste em verter sua cera num copo com água. Pensa-se no futuro ou futura pretendente pingando-se a cera no copo sete vezes. De preferência, usa uma vela colorida. A cera vertida formará figuras que deverão ser interpretadas. É comum aparecerem letras, números e objetos.

Retire o espinho de uma rosa e coloque dentro do vidro de seu perfume favorito. Esta simples e inusitada operação servirá para sua proteção afetiva. Não é novidade que o ciúme e a inveja alheia, algumas vezes atrapalham seu relacionamento. Proteger seus interesses de energias intrusas está de pleno acordo com as Leis da Natureza.

Existe um antigo ritual mágico de reconciliação. Diante de uma situação mal resolvida com alguém e que você precise de ajuda para pedir perdão, coloque duas folhas de árvores diferentes em um mesmo envelope. Entre elas, uma folha de seda verde com seu pedido de desculpas anotado. Depois queime tudo em uma vela verde. O mundo mágico vai preparar os caminhos dessa reconciliação. Pode esperar.

Esta é uma receita muito antiga dos povos do deserto. Escreva com tinta lavável um poema amoroso. Em seguida, lave o papel numa bacia. A água que se desprender (misturada à tinta) será usada como um perfume. Você pode usá-lo sempre que necessitar de um reforço amoroso.

O amor-perfeito seco ou a rosa guardadas no seu livro de poesias preferido podem ser um dos mais poderosos talismãs amorosos. Tenha sempre um à sua cabeceira. E o amor estará sempre por perto, pois dizem que o amor se planta primeiro na alma, depois na terra.




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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Provando a Existência de Deus !!




DEUS EXISTE?






Introdução

Convenhamos que a pergunta "Deus existe?" esta mal formulada. Equivale a perguntar: "a existência existe?" o que se constitui um disparato contra-senso. Mas este desafio que a segunda lição do curso decide enfrentar quando procura responder as seguintes perguntas básicas: Por que algumas pessoas não crêem em Deus? Que diz a bíblia sobre a existência de Deus? Quais as cinco evidências racionais da existência de Deus? Deus é uma força cósmica, ou um ser pessoal? Quais são os seus atributos? Qual é a maneira correta de O adorarmos? Por que é importante conhecê-lo?

Início

Conta-se que uma noite, a bordo do navio, os soldados de Napoleão discutiam sobre a origem do nosso mundo, mas passavam por alto o criador. Eram ruidosos e arrogantes em sua incredulidade. Passando por ali e ouvindo por acaso a conversação, Napoleão apontou para as estrelas, que resplandeciam contra o negro firmamento, e fez-lhes uma pergunta simples: "cavalheiros, podem me dizer quem as fez?" Eles emudeceram. A perplexidade que lhes acometeu bem ilustra o que disse Abraham Lincoln: Posso compreender como seria possível um homem olhar com ares de superioridade para a terra e ser um ateu, mas não posso conceber como poderia levantar os olhos para o céu e dizer que não há Deus".

A EXISTÊNCIA DE DEUS

No entanto, muitas pessoas honestas não conhecem a Deus. Acreditam que ele seja produto das superstições e crenças antigas de um povo primitivo; um Deus de ira e poder, capaz de destruir povos inteiros através de dilúvios e pestilências, um mito. Outras procuram ignorar a existência de Deus devido a má representação de Deus que receberam por parte de religiões pagãs e mesmo pseudo-cristãs. Decepcionaram-se com a incoerência entre profissão de fé em Deus e a prática dos seguidores desse Deus. Afinal de contas, o mínimo que se espera de um produto é que corresponda à propaganda que dele se fez. Outras pessoas acham que simplesmente podem riscar Deus de suas vidas. "Quem é o Senhor, para que eu ouça a sua voz…? Não conheço o Senhor,," dizia o insolente faraó do Egito. E desse brado desafiador tem encontrado eco ao longo dos séculos, nos corações de muitos seres humanos, de sorte que é considerável o número dos que abertamente adotam o ateísmo, hoje em dia.(salmos 14:1; Isaías 45:9-12; II Pedro 3:5).

A existência de Deus nas escrituras, entretanto é algo implícito, uma verdade primária assumida, óbvia, fundamental. Tanto é verdade que elas não apresentam argumentos para afirmá-la ou comprová-la. Para os escritores bíblicos a existência de Deus era realidade inquestionável, acima de toda contestação. Este é o ponto de partida, tanto lógico como escriturístico, de nosso estudo. Lógico porque o fato de Deus existir está implícito em todos os outros ensinamentos da bíblia; escriturístico porque disso nos persuade o 1º verso da bíblia: "No princípio Deus.." Gênesis 1:1.

CINCO EVIDÊNCIAS DE QUE DEUS EXISTE






Podemos encontrar pelo menos cinco evidências racionais da existência de Deus:

1. A CRIAÇÃO INANIMADA ATESTA A EXISTÊNCIA DE DEUS.(Salmos 19:1-2)

Crer que o universo surgiu por acaso faz tanto sentido quanto crer que os livros se formam sozinhos pelas leis da soletração e da gramática. Quando se vê uma bela casa logo se pensa em quem construiu. Se alguém lhe dissesse que ela não foi construída por ninguém, mas que simplesmente apareceu ali, acreditaria nisso? É claro que não. Como disse certo escritor: "porque toda casa é construída por alguém." É uma afirmação óbvia. Todos concordam, então por que não aceitar a conclusão lógica a que chegou o mesmo escritor bíblico: "Mas que edificou todas as coisas é Deus". Hebreus 3:4. Qualquer um que tenha bom senso terá de, mais cedo ou mais tarde, admitir a necessidade da existência de um criador. O princípio da causalidade mesmo certifica que todo fenômeno tem uma causa. Esta é uma verdade incontestável, a existência de uma causa primária! Albert Einstein, o maior físico do século XX, admitiu: " Para mim basta…meditar na maravilhosa estrutura do universo a nós vagamente perceptível, e tentar compreender humildemente nem que seja uma infinitésima parte da inteligência manifesta na natureza."

2. A CRIAÇÃO ANIMADA ATESTA A EXISTÊNCIA DE DEUS.(Romanos 1:20)

Embora exista uma enorme diversificação de seres vivos, o padrão biológico é essencialmente o mesmo, apresentando apenas diversos graus de simplicidade ou complexidade orgânica. Esta é uma forte evidência de que todos os seres vivos procedem de um mesmo projeto. Está hoje demonstrado cientificamente que a vida só procede de uma vida preexistente. Todos os avanços da nova ciência médica e cirúrgica no tratamento e prevenção de doenças infecciosas baseiam-se nesta grande e inegável lei da biogênese. Ao consultarem o que poderia ser chamado de livro da criação divina, os cientistas são forçados a reconhecer que uma vida maior deu origem a todos os seres viventes. "Não há a mais leve evidência de que a matéria possa surgir de matéria inanimada." (Prof. Conn). Deus criou a vida, Ele é a fonte de vida. "Nele nos movemos, vivemos e existimos." Atos 17:28. Cada respiração, cada pulsar do coração é uma prova do cuidado de Deus. É também dele que depende tudo, desde as mais rudimentares formas de vida até as mais complexas. Não existe outra maneira de explicar a presença de vida sobre a terra. A realidade inevitável do poder e complexidade da criação macroscópica e microscópica aponta, sem dúvida para Deus.

3. A CONSCIÊNCIA HUMANA ATESTA A EXISTÊNCIA DE DEUS.





MUITO INTERESSANTE ,MAIS O HOMEM NORMAL CUSTA NÃO ACREDITA !!




Entre os povos mais avançados até os mais primitivos e degradados da terra podemos encontrar neles consciência, isto é, a faculdade de aprovar ou condenar ações numa base moral. Diz Paulo: "Os gentios, que não tem lei, fazem por natureza as coisas da lei, eles embora não tendo lei, para si mesmos são lei. Pois mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os." Romanos 2:14,15. Naturalmente a consciência das pessoas que se encontram longe de Deus, acha-se contaminada, obliterada, cauterizada (I Timóteo 4:2; Tito 1:15), sendo-lhe necessário ser purificada pelo sangue de Cristo (hebreus 9:14; 10:2-10,22). Por mais insensibilizadas que sejam suas consciências, porém, todos os homens possuem um senso comum do direito e do errado, não apenas causa de ensinos morais que tenham recebido, mas porque, como declarou Immanuel Kante, grande filósofo alemão, "há dentro de nosso interior a lei moral". "Há entre os gentios, almas que servem a Deus ignorantemente, a quem a luz nunca foi levada por instrumentos humanos… Conquanto da lei escrita de Deus, ouviram sua voz a falar-lhes por meio da natureza, e fizeram aquilo que a lei requeria." A existência de uma lei implica a existência de um legislador. Foi Deus quem idealizou uma norma de conduta para o homem e a escreveu na mente humana.

4. O PLANO E A ORDEM DO UNIVERSO ATESTAM A EXISTÊNCIA DE DEUS.

Apenas de um criador inteligente poderia derivar-se o universo. Não por acidente que os planetas, os sistemas solares e galáxias, giram cada qual em sua órbita, harmonicamente e guardando entre si relação perfeita; não é por acidente que 107 elementos químicos, diferentes, se combinam, se ligam uns aos outros, nas mais variadas formas, dando origem a todo tipo de matéria encontrada na natureza, não é por acidente que na fotossíntese, as plantas clorofiladas utilizam a luz solar, o dióxido de carbono, a água e os minerais para liberar oxigênio e produzir alimentos, e poderíamos ir mais além, demonstrando por meio sólidos e irrefutáveis argumentos que a ordem natural nao foi inventada pela mente humana… A existência da ordem pressupõe a existência de uma inteligência organizadora. E essa inteligência não pode ter sido outra senão Deus.

5. A CRENÇA UNIVERSAL NA EXISTÊNCIA DE DEUS ATESTA SUA EXISTÊNCIA.

A crença de que Deus existe é praticamente tão difundida quanto a própria raça humana, embora muitas vezes se manifeste de forma pervertida ou revestida de idéias supersticiosas. A maior parte dos ateus parece imaginar que um grupo de teólogos se tenha reunido em sessão secreta e inventado a idéia de Deus, apresentando-a depois ao povo. Mas os teólogos não inventaram a Deus como também os astrônomos não inventaram as estrelas, nem os botânicos as flores. È certo que os antigos mantinham idéias erradas acerca dos corpos celestes, mas esse fato não nega a existência dos corpos celestes. E visto que a humanidade já teve idéias defeituosas acerca de Deus, isso implica que existe um Deus acerca do qual podiam ter noções erradas.

Eis em suscintas palavras os argumentos que podemos aduzir. Não fique porém, a impressão de que a existência de Deus depende de uma demonstração racional. Nem para provar todas as coisas podemos usar o método científico. Há uma ciência muito mais profunda que precisamos aprender: a ciência da fé.

ATRIBUTOS DE DEUS

Se há uma fonte autorizada e gabaritada para dizer-nos que tipo de pessoa é Deus, esta fonte é, sem dúvida a bíblia. Em suas páginas encontramo-lo descrito como criador, mantenedor, legislador, rei, pai, juiz, senhor, etc. Todos estes termos nos ensinam determinadas verdades sobre ele. São termos que não se demoram em descrições filosóficas sobre sua natureza, mas que singelamente nos mostram quem ele é, revelando-nos o que ele faz. Um ser capaz de criar, comunicar-se e amar. Em toda a escritura encontramos muitas declarações concernentes a Deus e seus atributos:

1-ATRIBUTOS ABSOLUTOS - Dizem respeito a natureza íntima de Deus, independente de qualquer outra coisa.

DEUS É REAL - Ele existe, disse Jesus: "Fui enviado por aquele que de fato existe." João 7:28. Todos nós dependemos de pelo menos de duas pessoas para existir, nossos pais. Deus não, sua existência é auto-causada, ele existe por si mesmo. Eis porque ele pode, com auto-suficiência, dizer de si próprio: "Eu sou o que sou". Êxodo 3:14. Apesar de ser uma realidade espiritual, Deus pode assumir qualquer forma visível, entretanto homem algum jamais viu sua face.(Êxodo 33:20; Mateus 1:23; 11:27; João 1:18). Porque existe por si mesmo, é-nos dito que ele é o autor e conservador da vida.(números 16:22). A vida que possuímos não nos pertence, mas é derivada daquele que é a fonte de vida, tanto física quanto a eterna. Em Deus acha-se a vida original, não emprestada nem derivada. Se quisermos, poderemos obtê-la, não em troca de coisa alguma nem por compra, mas nos é dada como dom gratuito pela fé em Cristo, como nosso salvador pessoal.
DEUS É IMUTÁVEL - (Malaquias 3:6) Positivamente ele não muda, tanto na duração, como em natureza, caráter ou vontade. "Pois eu o Senhor não mudo" (Neemias 23:19; I Samuel 15:29; Jó 23:13; salmos 33:11; provérbios 19:21; Isaías 46:10; hebreus 6:17; Tiago 1:17).
DEUS É SANTO - Ele é perfeita excelência moral e espiritual, Ser perfeitamente puro, imaculado e justo em si mesmo (josué 24:19; salmos 22:3 ;99:9; isaías 5:16; joão 17:11; I tessalonicenses 5:23).
DEUS É INFINITO - Ele está além da plena compreensão da mente humana. A criatura jamais poderá tornar-se igual ao criador ou entender-lhe a mente. (romanos 11:33-36). Mas ele é acessível(atos 17:26; salmos 145:16), podemos experimentar o poder de seu amor e estar certos de que ele nos responde e cuida de nós.
2- ATRIBUTOS RELATIVOS - Dizem respeito aos predicados divinos, referentes ao tempo e a criação.

DEUS É ETERNO - Deus é descrito na bíblia como existindo de eternidade em eternidade, para sempre (neemias 9:5; salmos 90:2; apocalipse 10:6) e como sendo o rei dos séculos, imortal, invisível e único Deus (I timóteo 1:17). Ninguém o criou, ele não tem princípio nem fim(colossenses 1:17). Deus não está condicionado pelo tempo, pelo contrário, o tempo está em Deus. Para ele o passado, o presente e o futuro são uma e a mesma coisa. Parece não haver lógica nisso, não é? E não há mesmo. Deus acha-se acima de toda lógica humana. Como poderia a mente finita compreender um ser infinito?!
DEUS É ONIPRESENTE - Ele está presente em todos os lugares simultaneamente, pelo seu espírito, e permanentemente observa suas criaturas e age sobre elas. Diz-se que habita no céu, por ser ali o lugar onde se faz maior manifestação de sua presença(salmos 139:7-10; eclesiastes 5:2; isaías 57:15; 29:15; jeremias 23:23,24). Não obstante, não podemos nunca encontrar uma solidão em que Deus não se ache.
DEUS É ONISCIENTE - Ele sabe tudo, conhece todas as coisas(I joão 3:20)
DEUS É ONIPOTENTE - Ele tudo pode(gênesis 18:4), em sua mão há toda força e poder para realizar o que lhe apraz. Por isso recebe muitas vezes, nas escrituras, o título de todo-poderoso.(salmos 62:11, efésios 3:20-21; apocalipse 1:8).
DEUS É VERAZ - Deus sempre fala a verdade, aliás ele próprio é a verdade. Sua palavra não é passível de contestação. Os homens costumam ser mentirosos, mas Deus não. Ele é digno de fé. Apraz-lhe que nele confiemos(romanos 3:4).
DEUS É ÚNICO E EXCLUSIVO - Existe um só Deus (isaías 45:5). Como criador do universo somente ele pode dizer com autoridade que o Senhor é Deus, e não há outro. (I reis 8:60). Nas religiões animistas de algumas tribos, bem como no budismo, hinduísmo e xintoísmo, há milhões de deuses, que de fato não são deuses, mas caricaturas pagãs surdas, mudas, cegas e mortas. É muito fácil criar um deus, quando uma pessoa rejeita o verdadeiro Deus, ela cria o seu próprio. E esse deus é exatamente como essa pessoa gostaria de ser, no seu íntimo. Seu deus é a corporificação de seus desejos e paixões sob forma de imagens, estátuas, credos e religiões. Deuses irascíveis, vingativos, sanguinários, invejosos, imorais, mesquinhos, feitos a imagem e semelhança do homem. Nada que se compare a descrição dos desejáveis característicos do Deus verdadeiro, fornecido pela bíblia "Deus misericordioso e compassivo, tardio em irar-se e grande em beneficência e verdade, que usa de beneficência com milhares, que perdoa a iniqüidade, a transgressão e o pecado.Êxodo 34:6,7. Unicamente o Senhor é Deus, portanto só ele deve ser adorado, nada e ninguém a não ser Deus merece nossa adoração e reverência, nem mesmo os santos homens e mulheres da bíblia, nem mesmo os anjos.(apocalipse 22:9).
Capítulo 2


Refutação - A validade dos argumentos utilizados para "provar" a existência de Deus

A grande maioria da população mundial crê em Deus. E, defendendo seu ponto de vista, apresenta vários argumentos para "comprovar" a existência Dele. Vamos analisá-los e concluir se são válidos para comprovar a existência de Deus:

"Deus existe porque eu sinto Sua presença em mim".
Neste argumento, torna-se evidente que, através dos sentidos, a pessoa percebe a presença de Deus. Todavia, será que tudo que a gente percebe é verdadeiro? Não. Vamos dar exemplos dessa afirmação:
Suponhamos que uma pessoa X não tenha conhecimentos sobre o Sistema Solar, sobre a posição e sobre o movimento da Terra no espaço. Observando o céu, ela "percebe" o Sol se movimentando, enquanto a Terra "permanece parada". Isso é percebido por qualquer um, mas será a realidade? Claro que não: sabemos que a Terra gira em torno do Sol.
Suponhamos então que essa mesma pessoa visse o céu numa noite estrelada. Não sei se o leitor já percebeu, mas parece aos sentidos dessa pessoa (ou qualquer outra) que estamos no centro de uma "bola" de vidro, e que as estrelas estão fixas, nas "bordas" dessa abóbada (os antigos acreditavam que a Terra estava localizada numa espécie de redoma, e que as estrelas se situavam nas extremidades desta). Estará essa percepção correta? Óbvio que é errônea, já que as estrelas não são fixas (estão em movimento constante) e não existe nenhum hemisfério acima de nossas cabeças.
E, como último argumento: a nossa sensação de calor e frio. Nossos sentidos nos sugerem que o calor e o frio são opostos (ou seja, duas faces de uma moeda), como fogo e água. Mas os cientistas já perceberam que o que nós chamamos de "frio" significa pouco calor, variando apenas a agitação térmica das moléculas. Mais uma vez, os sentidos nos enganam.
Estes casos acima nos permitem concluir que não devemos confiar nos nossos sentidos, que eles nos "pregam peças". Então, o argumento que "Deus existe porque sinto Sua presença", logo, não é válido para provar a existência de Deus.

"Deus existe porque atende às minhas preces e realiza meus desejos".
Esse é o argumento mais fácil de se refutar. Ora, se ele existe porque atende às minhas preces, então, se ele não atendesse às minhas preces, ele não existiria? É difícil de acreditar.
Entretanto, vamos supor que eu pedisse a Deus e "Ele" realizasse um pedido meu. Isso, tampouco, consistiria numa prova que Ele existe. Por dois motivos. Primeiro: é de conhecimento de todos que a mente humana possui poderes extraordinários. Há pessoas que conseguem arrastar móveis com o pensamento, ler o pensamento alheio e levitar somente acreditando realmente que são capazes de tal. E a ciência já estuda tais fenômenos, estruturando a parapsicologia.
As pessoas muitas vezes associam algo que não compreendem (como pedir alguma coisa e esta ser concretizada) com a idéia de Deus. É porque não conseguem conviver com a idéia que o homem ainda não possui conhecimentos suficientes para explicar aquele fenômeno. Assim pensava-se antigamente sobre a chuva, a eletricidade, o fogo: eram fenômenos feitos por Deus, simplesmente pela única razão que não compreendiam esses fenômenos e precisavam associá-los a uma inteligência superior e onipresente.
O segundo motivo: é impossível realizar os desejos de todas as pessoas. Se todos quisessem parar de trabalhar, quem iria produzir algo? Quando se obtém um emprego (porque "Deus" quis), você está, literalmente, "tirando" outra pessoa que ocuparia o seu emprego se você não existisse. Quando se diz: "Graças a Deus que o homem que morreu não foi meu filho", deve-se dizer que o mesmo "Deus" que evitou a morte de seu filho, provocou a morte de outro, mostrando que, desse modo, não se comprova a existência de Deus.
Enfim, o argumento "Deus existe porque atende às minhas preces e realiza meus desejos" não pode ser utilizado para comprovar uma suposta existência de Deus.

"Deus existe porque está escrito na Bíblia".
Quanto a isso, nos limitamos a fazer uma pergunta: por que a Bíblia está certa? Como você tem certeza que Deus falou a Moisés e aquela história toda? Pela mesma e perigosa razão pela qual Galileu foi injustamente reprimido: toma-se algo (nesse caso, a Bíblia), como verdade absoluta. Mas muitos fatos afirmados por ela são inadmissíveis para a lógica. Vamos, por exemplo, tomar a afirmação dela que diz que nós todos descendemos de Adão e Eva.
Essa é a teoria da Bíblia: Deus criou um casal que se reproduziu e gerou descendentes, e nós estamos entre eles. Essa teoria contraria diversas leis da lógica. Vamos começar pelas mais fáceis.
Em primeiro lugar, todos nós sabemos que quando dois irmãos ou dois parentes muito próximos procriam, os filhos nascem com alto índice de anomalias e defeitos (como ausência de braços, retardamento e outros). Ora, se os filhos de Adão e Eva eram irmãos entre si, como se reproduziram normalmente? E não responda que foi porque Deus quis porque assim você está admitindo uma verdade absoluta.
Em segundo lugar, a teoria da Bíblia não explica como nasceram os brancos, os negros, os amarelos, os louros, enfim, toda a diversidade de aparências entre as pessoas (a ciência explica pela lei da Evolução Natural de Darwin).
E, em terceiro e último, a teoria que derrubou definitivamente a idéia do casal primeiro: a teoria da Evolução de Darwin (ela continha alguns erros, que hoje foram aperfeiçoados, caracterizando o mutacionismo). Porque essa teoria, em vez de afirmar que é impossível o homem descender de um casal único, ela descobriu que nós descendemos de um antepassado comum aos macacos. E nela se encontra mais um exemplo do mal que é aceitar uma verdade como absoluta: um professor que ensinava essa teoria foi preso (nos Estados Unidos, início do século), porque esta teoria estava errada(?), pois ia contra a Bíblia e a Bíblia não podia estar incorreta. Hoje, qualquer aluno de biologia estuda essa teoria, face às várias provas já demonstrando que ela corresponde à realidade. Vamos estudar os conceitos básicos dessa teoria:
1 - As variações surgem nos indivíduos de uma espécie bruscamente, em conseqüência de alterações do material genético transmitido de pais a filhos através dos gametas. As modificações impressas aos indivíduos nessa condição são também hereditárias e se constituem em mutações.
2 - Se algumas mutações determinam a manifestação de caracteres indesejáveis, outras, entretanto, tornam os indivíduos mais adaptados para as exigências do meio ambiente, fazendo-os mais aptos para vencer na luta pela vida.
3 - Como conseqüência da luta pela vida, resulta um seleção natural dos mais adaptados ou mais aptos e a extinção dos menos aptos.
Assim a ciência consegue explicar, satisfatoriamente, as mudanças que ocorrem nas espécies. Por isso, cada animal é adaptado ao ambiente em que vive. Por isso existem peixes que suportam grandes pressões vivendo em grande profundidade e aves perfeitamente adaptados para o vôo. As sucessivas evoluções tornaram possível as adaptações.
Você pode dizer que os cientistas podem estar enganados; quem sabe eles não estudaram a fundo a questão?
Felizmente, eles estudaram a questão profundamente, encontrando muitas provas que a evolução é real. Vamos ver as principais delas:
Provas anatômicas - O estudo da anatomia comparada revela fatos surpreendentes que falam a favor da evolução. Observe, por exemplo, que a grande maioria dos mamíferos (e não só dos mamíferos, mas também dos demais vertebrados terrestres, comos sapos, lagartos, crocodilos, aves) possui membros pendáctilos, isto é, com 5 dedos. Por quê? Não seria de pouco senso considerar esse fato apenas como uma "coincidência"? Se fosse verdade a Teoria da Criação Especial, pela qual Deus teria criado todos os seres a um só tempo, cada um independente do outro, não seria mais compreensível que os animais pudessem variar infinitamente nas suas estruturas, sem qualquer padrão de repetição? A "padronização estrutural" das espécies só tem uma explicação: o parentesco que as une no tempo, através da evolução.
Provas embriológicas - A embriologia comparada também fornece provas que reforçam a teoria da evolução. Já no século passado, Ernst von Baer chamava a atenção para a semelhança que existe entre embriões de espécies diferentes nos estágios iniciais de desenvolvimento. Por que razão o embrião de um peixe, o de um anfíbio, o de um réptil, o de uma ave e o de um mamífero, incluindo o embrião humano, se assemelham em certo momento de sua formação? Que outra razão justifica essa semelhança senão o verdadeiro parentesco que os liga ao tronco inicial do qual resultaram todos os vertebrados atuais?
Provas bioquímicas - A busca de provas que contribuam para a confirmação da teoria da evolução assume nos dias atuais um caráter cada vez mais profundo e vigoroso. Agora, nos laboratórios das grandes universidades americanas e européias, os cientistas procuram desvendar a semelhança que aproximam seres de espécies muito distantes na complexidade bioquímica de suas células e de seus organismos. Sabe-se que as enzimas são substâncias produzidas pela atividade celular sob controle específico de genes. Ora, a cada dia descobrem-se novas enzimas que estão presentes ao mesmo tempo em organismos muito distantes uns dos outros nos sistemas de classificação dos seres. Várias enzimas digestivas do homem têm sido encontradas nas células de animais inferiores. A tripsina, por exemplo, enzima proteolítica integrante do suco pancreático e da atividade intestinal, está presente em numerosos animais, desde os protozoários até os mamíferos.
O mesmo ocorre com relação aos hormônios. Os hormônios tireiodianos do gado bovino podem ser administrados com absoluta segurança a seres humanos portadores de hipotireiodismo. Entre a hemoglobina humana e a do chipanzé não há nenhuma diferença. Mas, entre a hemoglobina humana e a do gorila, já se observa duas trocas de aminoácidos. A hemoglobina do macaco Rhesus tem 12 aminoácidos trocados em relação à nossa hemoglobina e 43 em relação à do cavalo. Como explicar a variação seqüencial dos padrões moleculares que ditam as normas desta fantástica biologia interna dos organismos se não admitirmos o mecanismo da Evolução como a melhor das justificativas?
Provas cromossômicas - Numerosos cientistas dos grandes laboratórios de pesquisa do mundo têm dedicado seus esforços no sentido de fazer um cariotipagem comparada entre organismos diversos. A comparação entre os cariótipos de espécies diferentes também parece confirmar que há um parentesco entre seres de grupos diversos. Isso é feito pela análise do números de cromossomos nas células de animais e de plantas e por um estudo comparativo entre esses cariótipos. As diversidades de banana bem conhecidas (banana-ouro, banana-prata, banana-maçã, banana-d'água, banana-da-terra) revelam cariótipos de 22, 44, 55, 77 e 88 cromossomos, o que indica que resultam de mutações por euploidias (respectivamente; 2n=22; 4n=44; 5n=55; 7n=77; 8n=88). Já o trigo tem variedades com 14, 28 ou 42 cromossomos, que correspondem a indivíduos haplóides, diplóides e triplóides, respectivamente. Nas plantas, essas mutações cromossômicas são muito comuns e mostram a evolução das espécies.
Gorilas, chimpanzés e orangotangos possuem todos o cariótipo de 2n = 48 cromossomos. O homem possui 2n = 46, o que faz os geneticistas presumirem que tenha havido a fusão de dois pares de cromossomos no cariótipo humano em relação ao dos antropóides. O gibão (macaco asiático) possui um constante cromossômica de 2n = 44. Deduzimos, então, que o gibão, o gorila e o chimpanzé são todos parentes afastados do homem (mas nem tão afastados assim!...). Outro exemplo: o rato tem 42 cromossomos nas suas células diplóides, mas o camundongo só possui 40. Essa diferença de apenas um par não é sugestiva? Enfim, tudo indica que o estudo do cariótipo comparado das espécies pode servir para mostrar o grau de parentesco entre aquelas que se mostram mais vizinhas dentro dos sistemas de classificação dos seres. E isso é suficiente para representar uma palavra a mais no arsenal de provas que confirmam a evolução.
Provas zoogeográficas - Qualquer observador atento poderá notar que as faunas do hemisfério norte (América do Norte, Europa e Ásia) são bastante semelhantes entre si, num flagrante contraste com as faunas das terras do hemisfério sul (América do Sul, África e Oceania), que são sensivelmente diferentes umas das outras. No primeiro caso, os cervídeos (rena, alce, veado galheiro, as raposas, os castores, os lobos, etc.), apenas com algumas diversidades regionais, próprias dos grupamentos alopátricos. Já no segundo caso, a fauna da América do Sul (onças, pequenos macacos, tatus, preguiças, tamanduás e uma grande diversidade de aves), a fauna da África (leões, tigres, rinocerontes, zebras, girafas, elefantes, gorilas etc.) e a fauna da Oceania (canguru, quivi, ornitorrinco etc.) revelam profundas diferenças. É interessante questionar a razão desse contraste.
Os geólogos são unânimes em afirmar que todos os continentes da Terra estiveram há muitos milhões de anos atrás fundidos num só, chamado de Pangéia. Há, talvez, 200 milhões de anos, a Pangéia se fragmentou em blocos, originando a Laurásia e a Godwana. Esses dois imensos blocos passaram, lentamente, a deslizar sobre a vasta massa de material incandescente, que fica abaixo da crosta terrestre. A Laurásia, de situação setentrional, originou a América do Norte, a Europa e a Ásia. A Godwana, situada meridionalmente, também se fragmentou, por sua vez, dando origem a América do Sul, a África, a Oceania e a Antártica. Essa conclusão passou a constituir a chamada teoria da derivação continental ou do deslizamento continental.
Pela deriva continental, as terras do hemisfério sul ficaram logo separadas. E, progressivamente, a distância entre ela se tornou cada vez maior. O isolamento das espécies em cada continente foi total. Hoje, são passados 200 milhões de anos desde que o isolamento geográfico se instalou entre aquelas populações. O somatório das mutações e o trabalho da seleção natural fizeram com que as faunas e floras destes continentes se tornassem profundamente diversificadas. As terras do hemifério norte, a despeito de se afastarem também pelo deslizamento continental, mantiveram ainda contato por muito tempo. Aliás, a Europa nunca se separou da Ásia. O isolamento que se instalou entre os animais foi em decorrência da civilização que muito se desenvolveu entre as florestas européias e asiáticas, separando-as. Por sua vez, a Ásia se manteve ligada à América do Norte por um istmo que a comunicava ao Alasca e que submergiu a cerca de vinte mil anos, dando lugar ao atual estreito de Bhering. Só então houve o total isolamento das faunas da América do Norte e do bloco asiático europeu. Como se vê, as terras do norte estão separadas há, relativamente, pouco tempo. O isolamento entre as suas espécies é recente e, por isso, elas ainda não se diversificaram muito. Mais uma prova que depõe a favor da evolução. Ainda existem mais provas, como as paleontológicas, que atestam a veracidade da evolução. Mas, para não cansar o leitor, achamos melhor não colocá-las.
Contudo, pelas provas aqui apresentadas já se observa que a evolução natural das espécies é a imagem da realidade, portanto é inaceitável a teoria bíblica do surgimento do homem. E, admitindo que a Bíblia não estava certa neste ponto, ninguém pode garantir que Deus existe porque ela o afirma. Logo, o argumento "Deus existe porque está escrito na Bíblia" não prova a existência de Deus.
O interessante é que, mesmo reconhecendo a evolução como um FATO, a maioria dos cientistas americanos acredita em Deus (de acordo com pesquisas, em torno de 86% dos cientistas americanos acreditam em Deus). Porém, a concepção que eles possuem em Deus é diferente daquela concepção de Deus medieval, que criou Adão e Eva: eles acreditam num Deus que criou o Universo. Mas observe, caro leitor, que a concepção de Deus mudou! Se ela muda de acordo com as descobertas da ciência, como podemos admitir Deus como Invariável, Indiscutível, Pérpetuo e Constante? Mais algo sugestivo para pensar...







"Deus existe porque Cristo morreu crucificado por amor a todos nós e a Seu Pai"
Primeiro: como sabemos que Cristo morreu crucificado? Por que a Bíblia fala?
Contudo, vamos supor que existiu Cristo, e ele morreu por acreditar em Deus e por amor à gente. Ora, se eu digo que alguém tem certeza de alguma coisa, é diferente de afirmar que aquela coisa é verdadeira.. Por exemplo, Sócrates defendia conceitos próprios dele, que não eram iguais aos conceitos vigentes naquela época. Por isso, Sócrates foi condenado a morte. Na prisão anterior a sua morte, seus amigos ofereceram várias chances para a fuga dele, porém ele se recusou a fugir, dizendo que assim jamais acreditariam no que ele dizia. Morreu por amor às suas teorias. Isso não significa que as teorias dele estavam certas(aliás, muitos pontos de duas teorias eram errôneos).
Então, podemos concluir que o argumento "Deus existe porque Cristo morreu crucificado por amor a todos nós e a Seu Pai" não é válido.

"Deus existe porque alguém deve ter criado o Universo".
Esse ponto de vista, durante muito tempo, foi considerado como a "prova científica da existência de Deus". Descartes foi o filósofo que mais desenvolveu essa idéia: se tudo tem uma causa, deve existir um causa primeira, que é Deus.
Agora, uma pergunta: QUEM CRIOU DEUS? Ora, se tudo tem uma causa, então Deus deve ter sido criado. Aí você me responderia: "Deus é imaterial, ele é início e fim". Palavras bonitas, é o que são. Ora, você não consegue conceber algo concreto, apalpável, sem uma causa, mas consegue conceber algo invisível, imaterial, "pensante" e "inteligente", sem uma causa? Não é interessante?
Colocado em outras palavras: não entendemos como tudo começou, mas não podemos atribuir tudo que não sabemos explicar a um ser superior. Pois se atribuirmos tudo a Deus, não precisaremos procurar respostas, e não foi assim que se descobriram, por exemplo, vacinas, átomos e eletricidade. Foi através do método científico, o único meio de desenvolver a humanidade.

Capítulo 3

EXISTÊNCIA DE DEUS

"Ninguém afirma: `Deus não existe' sem antes ter desejado que Ele não exista".

Esta frase, de um filósofo muito suspeito, por ser esotérico - Joseph de Maistre - tem muito de verdade.

Com efeito, o devedor insolvente gostaria que seu credor não existisse. O pecador que não quer deixar o pecado, passa a negar a existência de Deus.

Por isso, quando se dá as provas da existência de Deus para alguém, não se deve esquecer que a maior força a vencer não é a dos argumentos dos ateus, e sim o desejo deles de que Deus não exista. Não adiantará dar provas a quem não quer aceitar sua conclusão. Em todo caso, as provas de Aristóteles e de São Tomás a respeito da existência de Deus têm tal brilho e tal força que convencem a qualquer um que tenha um mínimo de boa vontade e de retidão intelectual.

É para essas pessoas que fazemos este pequeno resumo dos argumentos de São Tomás sobre a existência de Deus, tendo por base o que ele diz na Suma Teológica I, q.2, a.a 1, 2, 3 e 4.

Inicialmente, pergunta São Tomás se a existência de Deus é verdade de evidência imediata. Ele explica que uma proposição pode ser evidente de dois modos:

em si mesma, mas não em relação a nós;
em si mesma e para nós.
Uma proposição é evidente quando o predicado está incluído no sujeito. Por exemplo, a proposição o homem é animal é evidente, já que o predicado animal está incluso no conceito de homem.

Quando alguns não conhecem a natureza do sujeito e do predicado, a proposição - embora evidente em si mesma - não será evidente para eles. Ela será evidente apenas para os que conhecem o que significam o sujeito e o predicado. Por exemplo, a frase: "O que é incorpóreo não ocupa lugar no espaço", é evidente em si mesma e é evidente somente aqueles que sabem o que é incorpóreo.

Tendo em vista tudo isso, São Tomás diz que:

A proposição "Deus existe" é evidente em si mesma porque nela o predicado se identifica com o sujeito, já que Deus é o próprio ente.
Mas, com relação a nós, que desconhecemos a natureza divina, ela não é evidente, mas precisa ser demonstrada. E o que se demonstra não é evidente. O que é evidente para nós não cabe ser demonstrado.
Portanto, a existência de Deus pode ser demonstrada. Contra isso, São Tomás dá uma objeção, dizendo que a existência de Deus é um artigo de fé. Ora, o que é de fé não pode ser demonstrado. Logo, concluir-se-ia que não se pode demonstrar que Deus existe. São Tomás ensina que há dois tipos de demonstração:

1) Demonstração propter quid (devido a que)

É a que se baseia na causa. Ela parte do que é anterior (a causa) discorrendo para o que é posterior ( o efeito).

2) Demonstração quia (porque)

É a que parte do efeito para conhecer a causa.

Quando vemos um efeito mais claramente que sua causa, pelo efeito acabamos por conhecer a causa. Pois o efeito depende da causa, e é, de algum modo, sempre semelhante a ela. Então, embora a existência de Deus não seja evidente apenas para nós, ela é demonstrável pelos efeitos que dela conhecemos.

A existência de Deus e outras verdades semelhantes a respeito dele que podem ser conhecidos pela razão, como diz São Paulo Rom. I, 19), não são artigos de fé. Deste modo, a fé pressupõe o conhecimento natural, assim como a graça pressupõe a natureza e a perfeição pressupõe o que é perfectível.

Entretanto, alguém que não conheça ou não entenda a demonstração filosófica da existência de Deus, pode aceitar a existência dele por fé.

É no artigo 3 dessa questão 2 da 1ª parte da Suma Teológica que São Tomás expõe as provas da existência de Deus. São as famosas 5 vias tomistas.

Iª Via - Prova do movimento

É a prova mais clara.

É inegável que há coisas que mudam. Nossos sentidos nos mostram que a planta cresce, que o céu fica nublado, que a folha passa a ser escrita, que nós envelhecemos, que mudamos de lugar, etc.

Há mudanças substanciais. Ex.: madeira que vira carvão. Há mudanças acidentais. Ex: parede branca que é pintada de verde. Há mudanças quantitativas. Ex: a água de um pires diminuindo por evaporação. Há mudanças locais. Ex: Pedro vai ao Rio.

Nas coisas que mudam, podemos distinguir:

As qualidades ou perfeições já existentes nelas.
as qualidades ou perfeições que podem vir a existir, que podem ser recebidas por um sujeito.
As perfeições existentes são ditas existentes em Ato.

As perfeições que podem vir a existir num sujeito são existentes em Potência passiva. Assim, uma parede branca tem brancura em Ato, mas tem cor vermelha em Potência.

Mudança ou movimento é pois a passagem de potência de uma perfeição qualquer (x) para a posse daquela perfeição em Ato.

M = PX ---->> AX

Nada pode passar, sozinho, de potência para uma perfeição, para o Ato daquela mesma perfeição. Para mudar, ele precisa da ajuda de outro ser que tenha aquela qualidade em Ato.

Assim, a panela pode ser aquecida. Mas não se aquece sozinha. Para aquecer-se, ela precisa receber o calor de outro ser - o fogo - que tenha calor em Ato.

Outro exemplo: A parede branca em Ato, vermelha em potência, só ficará vermelha em Ato caso receba o vermelho de outro ser - a tinta - que seja vermelho em Ato.

Noutras palavras, tudo o que muda é movido por outro. É movido aquilo que estava em potência para uma perfeição. Em troca, para mover, para ser motor, é preciso ter a qualidade em ato. O fogo (quente em ato) move, muda a panela (quente em potência) para quente em ato.

Ora, é impossível que uma coisa esteja, ao mesmo tempo, em potência e em ato para a mesma qualidade.

Ex.: Se a panela está fria em ato, ela tem potência para ser aquecida. Se a panela está quente em ato ela não tem potência para ser aquecida.

É portanto impossível que uma coisa seja motor e móvel, ao mesmo tempo, para a mesma perfeição. É impossível, pois, que uma coisa mude a si mesma.

Tudo o que muda é mudado por outro.

Tudo o que se move é movido por outro.

Se o ente 1 passou de Potência de x para Ato x, é porque o ente 1 recebeu a perfeição x de outro ente 2 que tinha a qualidade x em Ato.

Entretanto, o ente 2 só pode ter a qualidade x em Ato se antes possuía a capacidade - a potência de ter a perfeição x.

Logo, o ente 2 passou, ele também, de potência de x para Ato x. Se o ente 2 só passou de PX para AX, é porque ele também foi movido por um outro ente, anterior a ele, que possuía a perfeição x em Ato.

Por sua vez, também o ente 3 só pode ter a qualidade x em Ato, porque antes teve Potência de x e só passou de PX para AX pela ajuda de outro ente 4 que tinha a qualidade x em Ato. E assim por diante.

PX ---> AX PX (5) ---> AX PX (4) ---> AX PX (3) ---> AX PX (2) ---> AX (1)

Esta seqüência de mudanças ou é definida ou indefinida. Se a seqüência fosse indefinida, não teria havido um primeiro ser que deu início às mudanças.

Noutras palavras, em qualquer seqüência de movimentos, em cada ser, a potência precede o ato. Mas, para que se produza o movimento nesse ser, é preciso que haja outro com qualidade em ato.

Se a seqüência de movimentos fosse infinita, sempre a potência precederia o ato, e jamais haveria um ato anterior à potência. É necessário que o movimento parta de um ser em ato. Se este ser tivesse potência, não se daria movimento algum. O movimento tem que partir de um ser que seja apenas ato.

Portanto, a seqüência não pode ser infinita.

Ademais, está se falando de uma série de movimentos nas coisas que existem no universo.

Ora, esses movimentos se dão no espaço e no tempo. Tempo-espaço são mensuráveis. Portanto, não são movimentos que se dão no infinito.

A seqüência de movimentos em tempo e espaço finitos tem que ser finita.

E que o universo seja finito se compreende, por ser ele material. Sendo a matéria mensurável, o universo tem que ser finito.

Que o universo é finito no tempo se comprova pela teoria do Big Bang e pela lei da entropia. O universo principiou e terá fim. Ele não é infinito no tempo.

Logo, a seqüência de movimentos não pode ser infinita, pois se dá num universo finito.

Ao estudarmos as cinco provas de S. Tomás sobre a existência de Deus, devemos ter sempre em mente que ele examina o que se dá nas "coisas criadas", para, através delas, compreender que existe um Deus que as criou e que lhes deu as qualidades visíveis, reflexos de suas qualidades invisíveis e em grau infinito.

Este primeiro motor não pode ser movido, porque não há nada antes do primeiro. Portanto, esse 1º ente não podia ter potência passiva nenhuma, porque se tivesse alguma ele seria movido por um anterior. Logo, o 1º motor só tem ATO. Ele é apenas ATO, isto é, tem todas as perfeições.

Este ser é Deus.

Deus então é ATO puro, isto é, ATO sem nenhuma potência passiva. Este ser que é ato puro não pode usar o verbo ser no futuro ou no passado. Deus não pode dizer "eu serei bondoso", porque isto implicaria que não seria atualmente bom, que Ele teria potência de vir a ser bondoso.

Deus também não pode dizer "eu fui", porque isto implicaria que Ele teria mudado, isto é, passado de potência para Ato. Deus só pode usar o verbo ser no presente. Por isso, quando Moisés perguntou a Deus qual era o seu nome, Deus lhe respondeu "Eu sou aquele que é" (aquele que não muda, que é ato puro).

Também Jesus Cristo ao discutir com os fariseus lhes disse: "Antes que Abraão fosse, eu sou" (Jo. VIII, 58). E os judeus pegaram pedras para matá-lo porque dizendo eu sou Ele se dizia Deus.

Na ocasião em que foi preso, Cristo perguntou: "a quem buscais ?", e, ao dizerem "a Jesus de Nazaré", ele lhes respondeu:

"Eu sou". E a essas palavras os esbirros caíram no chão, porque era Deus se definindo.

Do mesmo modo, quando Caifás esconjurou que Cristo dissesse se era o Filho de Deus, Ele lhe respondeu: "Eu sou". E Caifás entendeu bem que Ele se disse Deus, porque imediatamente rasgou as vestes dizendo que Cristo blasfemara afirmando-se Deus.

Deus é, portanto, ATO puro. É o ser que não muda. Ele é aquele que é. Por isso, a verdade não muda. O dogma não muda. A moral não evolui. O bem é sempre o mesmo.A beleza não muda.

Quando os modernistas afirmam que a verdade, o dogma, a moral, a beleza evoluem, eles estão dizendo que Deus evolui, que Ele não é ATO puro. Eles afirmam que Deus é fluxo, é ação, é processo e não um ente substancial e imutável.

É o que afirma hereticamente a Teologia da Libertação. Diz Frei Boff:

" Assim, o Deus cristão é um processo de efusão, de encontro, de comunhão entre distintos enlaçados pela vida, pelo amor." (Frei Boff, A Trindade e a Sociedade, p. 169)

Ou então:

"Assim, Mary Daly sugere compreendermos Deus menos como substância e mais como processo, Deus como verbo ativo (ação) e menos como um substantivo. Deus significaria o viver, o eterno tornar-se, incluindo o viver da criação inteira, criação que, ao invés de estar submetida ao ser supremo, participaria do viver divino." (Frei Boff, A Trindade e a Sociedade, pp. 154-155)

É natural pois que Boff tenha declarado em uma conferência em Teófilo Otono:

Como teólogo digo: sou dez vezes mais ateu que você desse deus velho, barbudo lá em cima. Até que seria bom a gente se livrar dele." (Frei Boff, Pelos pobres, contra a pobreza, p. 54)

IIª Via - Prova da causalidade eficiente

Toda causa é anterior a seu efeito. Para uma coisa ser causa de si mesma teria de ser anterior a si mesma. Por isso neste mundo sensível, não há coisa alguma que seja causa de si mesma. Além disso, vemos que há no mundo uma ordem determinada de causas eficientes.

Assim, numa série definida de causas e efeitos, o resfriado é causado pela chuva, que é causada pela evaporação, que é causada pelo calor, que é causado pelo Sol. No mundo sensível, as causas eficientes se concatenam às outras, formando uma série em que umas se subordinam às outras: A primeira, causa as intermediárias e estas causam a última. Desse modo, se for supressa uma causa, fica supresso o seu efeito. Supressa a primeira, não haverá as intermediárias e tampouco haverá então a última.

Se a série de causas concatenadas fosse indefinida, não existiria causa eficiente primeira, nem causas intermediárias, efeitos dela, e nada existiria. ora, isto é evidentemente falso, pois as coisas existem. Por conseguinte, a série de causas eficientes tem que ser definida. Existe então uma causa primeira que tudo causou e que não foi causada.

Deus é a causa das causas não causada. Esta prova foi descoberta por Sócrates que morreu dizendo: "Causa das causas, tem pena de mim". A negação da Causa primeira leva à ciência materialista a contradizer a si mesma, pois ela concede que tudo tem causa, mas nega que haja uma causa do universo.

O famoso físico inglês Stephen Hawkins em sua obra "Breve História do Tempo" reconheceu que a teoria do Big-Bang (grande explosão que deu origem ao universo, ordenando-o e não causando desordem, como toda explosão faz devido a Lei da entropia) exige um ser criador. Hawkins admitiu ainda que o universo é feito como uma mensagem enviada para o homem. Ora, isto supõe um remetente da mensagem. Ele, porém, confessa que a ciência não pode admitir um criador e parte então para uma teoria gnóstica para explicar o mundo.

O mesmo faz o materialismo marxista. Negando que haja Deus criador do universo, o marxismo se vê obrigado a transferir para a matéria as qualidades da Causa primeira e afirmar, contra toda a razão e experiência, que a matéria é eterna, infinita e onipotente. Para Marx, a matéria é a Causa das causas não causada.

IIIª Via - Prova da contingência

Na natureza, há coisas que podem existir ou não existir. Há seres que se produzem e seres que se destroem. Estes seres, portanto, começam a existir ou deixam de existir. Os entes que têm possibilidade de existir ou de não existir são chamados de entes contingentes. Neles, a existência é distinta da sua existência, assim o ato é distinto da potência. Ora, entes que têm a possibilidade de não existir, de não ser, houve tempo em que não existiam, pois é impossível que tenham sempre existido.

Se todos os entes que vemos na natureza têm a possibilidade de não ser, houve tempo em que nenhum desses entes existia. Porém, se nada existia, nada existiria hoje, porque aquilo que não existe não pode passar a existir por si mesmo. O que existe só pode começar a existir em virtude de um outro ente já existente. Se nada existia, nada existiria também agora. O que é evidentemente falso, visto que as coisas contingentes agora existem.

Por conseguinte, é falso que nada existia. Alguma coisa devia necessariamente existir para dar, depois, existência aos entes contingentes. Este ser necessário ou tem em si mesmo a razão de sua existência ou a tem de outro.

Se sua necessidade dependesse de outro, formar-se-ia uma série indefinida de necessidades, o que, como já vimos é impossível. Logo, este ser tem a razão de sua necessidade em si mesmo. Ele é o causador da existência dos demais entes. Esse único ser absolutamente necessário - que tem a existência necessariamente - tem que ter existido sempre. Nele, a existência se identifica com a essência. Ele é o ser necessário em virtude do qual os seres contingentes tem existência. Este ser necessário é Deus.

IVª Via - Dos graus de perfeição dos entes

Vemos que nos entes, uns são melhores, mais nobres, mais verdadeiros ou mais belos que outros. Constatamos que os entes possuem qualidades em graus diversos. Assim, dizemos que o Rio de Janeiro é mais belo que Carapicuíba. Nessa proposição, há três termos: Rio de Janeiro, Carapicuíba e Beleza da qual o Rio de Janeiro participa mais ou está mais próximo. Porque só se pode dizer que alguma coisa é mais que outra, com relação a certa perfeição, conforme sua maior proximidade, participação ou semelhança com o máximo dessa perfeição.

Portanto, tem que existir a Verdade absoluta, a Beleza absoluta, o Bem absoluto, a Nobreza absoluta, etc. Todas essas perfeições em grau máximo e absoluto coincidem em um único ser, porque, conforme diz Aristóteles, a Verdade máxima é a máxima entidade. O Bem máximo é também o ente máximo.

Ora, aquilo que é máximo em qualquer gênero é causa de tudo o que existe nesse gênero. Por exemplo, o fogo que tem o máximo calor, é causa de toda quentura, conforme diz Aristóteles. Há, portanto, algo que é para todas as coisas a causa de seu ser, de sua bondade, de sua verdade e de todas as suas perfeições. E a isto chamamos Deus.

Por esta prova se vê bem que a ordem hierárquica do universo é reveladora de Deus, permitindo conhecer sua existência, assim como conhecer suas perfeições. É o que diz São Paulo na Epístola aos Romanos (I, 19). E também é por isso que Deus, ao criar cada coisa dizia que ela era boa, como se lê no Gêneses ( I ). Mas quando a Escritura termina o relato da criação, diz que Deus, ao contemplar tudo quanto havia feito, viu que o conjunto da criação era "valde bona", isto é, ótimo.

Pois bem, se cada parcela foi dita apenas boa por Deus como se pode dizer que o total é ótimo? O total deve ter a mesma natureza das parcelas, e portanto o total de parcelas boas devia ser dito simplesmente bom e não ótimo. São Tomás explica essa questão na Suma contra Gentiles. Diz ele que o total foi declarado ótimo porque, além da bondade das partes havia a sua ordenação hierárquica. É essa ordem do universo que o torna ótimo, pois a ordem revela a Sabedoria do Ordenador. Por aí se vê que o comunismo, ao defender a igualdade como um bem em si, odeia a ordem, imagem da Sabedoria de Deus. Odiando a imagem de Deus, o comunismo odeia o próprio Deus, porque quem odeia a imagem odeia o ser por ela representado. Nesse ódio está a raiz do ateísmo marxista e de sua tendência gnóstica.

Vª Via - Prova da existência de Deus pelo governo do mundo

Verificamos que os entes irracionais obram sempre com um fim. Comprova-se isto observando que sempre, ou quase sempre, agem da mesma maneira para conseguir o que mais lhes convém.

Daí se compreende que eles não buscam o seu fim agindo por acaso, mas sim intencionalmente. Aquilo que não possui conhecimento só tende a um fim se é dirigido por alguém que entende e conhece. Por exemplo, uma flecha não pode por si buscar o alvo. Ela tem que ser dirigida para o alvo pelo arqueiro. De si, a flecha é cega. Se vemos flechas se dirigirem para um alvo, compreendemos que há um ser inteligente dirigindo-as para lá. Assim se dá com o mundo. Logo, existe um ser inteligente que dirige todas as coisas naturais a seu fim próprio. A este ser chamamos Deus.

Uma variante dessa prova tomista aparece na obra "A Gnose de Princeton". Apesar de gnóstica esta obra apresenta um argumento válido da existência de Deus.

Filmando-se em câmara lenta um jogador de bilhar dando uma tacada numa bola, para que ela bata noutra a fim de que esta corra e bata na borda, em certo ângulo, para ser encaçapada, e se depois o filme for projetado de trás para diante, ver-se-á a bola sair da caçapa e fazer o caminho inverso até bater no taco e lançar para trás o braço do jogador. Qualquer um compreende, mesmo que não conheça bilhar, que a segunda seqüência não é a verdadeira, que é absurda. Isto porque à segunda seqüência faltou a intenção, que transparece e explica a primeira seqüência de movimentos. Daí concluir com razão, a obra citada, que o mundo cego caminha - como a flecha ou como a bola de bilhar - em direção a um alvo, a um fim. Isto supõe então que há uma inteligência que o dirige para o seu fim. Há pois uma inteligência que governa o mundo.

Este ser sapientíssimo é Deus.

Capítulo 4

Afirmação - Deus Existe

"A fé é o fundamento da esperança, a certeza daquilo que não se vê." Hb 11,1

Todos nós procuramos a certeza absoluta da existência de um ser superior, criador de tudo. Creio que não há um ser humano que nunca se perguntou: Quem criou o mundo em que vivo?

Muitos desistem dessa procura, pois se acham incapacitados de encontrar a Verdade que está diante de nós, só que as riquezas mundanas não permitem que vejamos a Sua existência com os olhos da fé, mas sim com os olhos da razão.

A fé, como já foi dito logo acima na epístola de Paulo, é a certeza daquilo que não vemos, podendo ser encarada de modo irracional (com os olhos da fé) ou racional (com os olhos da razão). Vejamos:

A fé é irracional, pois como cremos no invisível, não temos razões físicas para provar sua existência, mas graças ao poder de Deus, podemos sentir sua presença através de prodígios que só Ele pode realizar em nossas vidas.

A fé é racional, pois mesmo que não possamos vê-lo, temos a certeza por razões lógicas da sua existência. Exemplo:

Muitos "ateus" acreditam em outras idéias que explicam a criação do universo, como por exemplo a idéia do "Big-Bang", que consiste em uma grande explosão fazendo com que as partículas de um todo se espalhassem por todo o planeta. Mesmo com esta idéia científica, seria necessário que Alguém agisse para ocasionar a grande explosão. Esse Alguém que menciono é Deus.

Só um Ser muito poderoso poderia fazer coisas tão bonitas e perfeitas (como por exemplo: o corpo humano, os animais, os astros, etc.); obras tão perfeitas como o próprio Construtor.

A Bíblia nos explica de uma maneira simbólica a criação do mundo feita por Deus, onde nos ensina que Deus é o único e verdadeiro criador, que usa de nós como instrumento para o aperfeiçoamento de suas obras.

Através dos fatos mencionados, podemos chegar a uma magnífica conclusão: DEUS EXISTE!

Basta que abramos os nossos corações para que esse Deus que tudo criou por Amor Eterno aos seus filhos, faça de nós obras divinas cheias de fé e felizes em saber que Deus está no meio de nós.

Capítulo 5 - Conclusão

Estudando Kardec
A Gênese
Deus - Existência de Deus - Deus existe?

A existência de Deus é um fato admitido não somente pela revelação, como pela evidência material dos fatos. Nem sempre é necessário ter visto uma coisa para saber que ela existe.

Todo efeito inteligente deve ter uma causa inteligente. A Natureza pela harmonia de suas obras, verificamos que não pode ser controlada pelo homem e muito menos produzida. Há os que contestam dizendo que são produzidas por forças materiais, que agem mecanicamente em conseqüência das leis de atração e repulsão.

As plantas nascem, brotam, crescem e multiplicam-se sempre do mesmo modo, cada uma dentro de sua espécie, em virtude dessas mesmas leis. Os astros se formam pela atração molecular e movem-se em suas órbitas por efeito da gravitação. Tudo isso é exato, porém essas forças são efeito que devem ter uma causa. Kardec na Gênese cita como exemplo o relógio, a engenhosidade do mecanismo, demonstra a inteligência e o saber do relojoeiro, e afirma que nunca ninguém lembrou de dizer: aí está um pêndulo muito inteligente!

Dá-se o mesmo com o mecanismo do Universo:

Deus não se mostra, mas afirma-se mediante suas obras.

No livro "Que é Deus" seu autor Eliseu F. da Mota Júnior, iniciou o capítulo 3º com uma frase do bacteriologista francês, criador da pasteurização, além de inúmeras vacinas, Louis Pasteur (1822-1895). "Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muito, nos aproxima. "Essa colocação induz a idéia de que um conhecimento científico superficial serve apenas para distanciar o homem de Deus e, em sentido oposto leva à conclusão de que todos os profundos conhecedores da Ciência estão próximos de Deus. O professor Eliseu discorre no seu livro com muito brilhantismo os mais variados pensamentos de grandes cientistas contemporâneos. Cita trechos do livro de Stephen W. Hawking, coloca também vários trechos do livro "A Mente de Deus" do conceituado cientista inglês, doutorado em física Paul Davies,: - "Não posso acreditar que nossa existência neste Universo seja uma mera peculiaridade do destino, a espécie física Homo não pode importar para nada, mas a existência da mente em algum organismo em algum planeta do Universo é certamente um fato fundamentalmente significativo". E terminamos este estudo ainda com Paul Davies: - "Sem Deus a Ciência não poderá completar os seus estudos acerca da origem do Universo, da matéria, da vida e do próprio homem".


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